Capítulo não revisado.
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Quando chegamos, Manjiro nos deu o restante do dia de folga, já que não daria para produzir nada em menos de 5 horas de trabalho, então aproveitamos para ter nosso descanso.
Como não iria trabalhar, peguei Kiyoko e a levei para casa para passar o dia com ela antes de ter que ir para a boate. Ela ficou extremamente feliz em me ver, já estava com saudades.
– Mamãe, você trouxe o meu presente? – Perguntou enquanto pulava no sofá, me vendo preparar pipoca para comermos enquanto vemos A princesa e o sapo.
– Claro que trouxe princesa. Vai até o quarto da mamãe, pega aquele pacote verde em cima da cama e traz aqui.
Ela foi toda alegre, pulando pela casa inteira. Voltou com o presente em mãos, se sentando no sofá novamente para abri-lo. Como em minha casa tínhamos uma cozinha americana integrada com a sala, pude ver a reação da pequena.
– Não é bem um brinquedo, mas acho que você vai gostar.
Assim que ela abriu o pacote, seus olhos brilhavam, vendo aquele jardim se iluminar em tons de roxo, verde e dourado. Seus gritinhos animados me fizeram ter certeza de que foi uma boa escolhe. Correu até mim, abraçando minhas pernas, ainda segurando aquele jardim.
– Obrigada mamãe! Eu amei muito muito muito!
Me abaixei e fiquei em sua altura, dando um beijo em sua testa e um abraço apertado.
– Cuide bem desse jardim viu? A moça que me vendeu disse que aí dentro moram fadas, e os cogumelos são a casinha delas.
– SÉRIO?! – Se animou ainda mais, arregalando aqueles seus olhos castanhos.
– Uhum, mas elas não costumam aparecer com frequência, pois tem muito medo dos humanos. Mas de qualquer forma, cuide bem do jardim viu? Proteja a casa delas e elas protegerão a sua.
– Prometo que vou proteger sua casinha, dona fada. Em troca, proteja a minha mamãe! – Falou segurando o jardim, ficando agarrada com ele o resto do dia.
Assistimos ao filme e quando terminamos, a levei para minha mãe novamente e fui trabalhar. Esperava ansiosamente o dia que poderia morar com ela, o que ainda não era possível, pois aparentemente, eu não tinha condições o suficiente para manter a Kiyoko, então a guarda era da vó.
Cheguei na boate e fui direito fazer meu show da noite. Ao final, fui até Kisaki para nos resolvermos, e já sabia que seria uma conversa difícil.
– Achei que não iria aparecer durante um certo tempo, querida. – Disse Kisaki com um sorriso no rosto assim que entrei em sua sala. Antes que eu pudesse o responder, ele continuou. – Será descontado 1000 ienes do seu salário, e sua dívida sera de 199.000 + 5% de juros, ficando assim em 208.950 ienes.
– COMO ASSIM? EU SÓ NÃO VIM TRABALHAR UM DIA!
– VOCÊ ABAIXE SEU TOM PARA FALAR COMIGO! – Kisaki bateu em sua mesa estressado, respirando fundo e voltando a falar de forma mais tranquila. – Você ficou um dia fora, mas me trouxe prejuízo, e eu que mando na sua dívida. Ou paga, ou já sabe o que acontece. Inclusive, adorei passar o dia com a Kiyoko, quem sabe eu não faça mais vezes...
Um dia ódio me subiu pela garganta, pegando meu celular e fazendo assim uma transferência de 5.000 ienes para Kisaki, aproveitando que Rindou já havia depositado meu pagamento.
– Tá trabalhando como prostituta agora? Onde arranjou esse dinheiro?
– Não importa. O que importa é que estou te pagando, não?