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Capítulo não revisado.

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Após uma longa viagem, finalmente chegamos em casa. Não posso dizer que eu estava exausta, dormi a viagem praticamente toda, dormi mais até que do em casa.

No momento em que pisamos em casa, Kiyoko já veio correndo nos receber, pulando em nossos braços e nos abraçando, apesar de ser pequena, ela tinha força.

Eu sei, o correto seria a gente tomar banho, colocar roupas confortáveis, descansar e então voltar a vida normal, mas eu estava com uma saudade tão grande da pequena que nem a quis soltar, meu descanso poderia esperar.

– Filha, a gente quer conversar com você. – Falei sorrindo de canto para Rindou, era sobre o casamento.

Felizmente, eu já estava com uma roupa apropriada para o clima do país, se não, não aguentaria. Nos sentamos no sofá, os três juntos, Kiyoko balançava as perninhas sem conseguir tocar o chão enquanto me olhava curiosa.

– Então, eu e o Rindou nós vamos nos casar, mas antes... – Eu iria perguntar o que ela achava da ideia, mas fui interrompida.

– Eu sei! Eu ajudei a escolher o anel. – Ela sorria orgulhosa.

– O quê? E não me contou?

– Segredos são segredos, mamãe. – Eu estava indignada, aquela criança nunca conseguiu fazer surpresa durante toda a sua curta vida, me senti traída.

– Então você aprova? Tudo bem por você?

– Uhum, que bom que você aceitou o pedido do papai.

Eu e Rindou sorrimos pela aprovação da pequena, estávamos tão distraídos com isso que nem percebemos de cara a forma que ela o chamou, demorou alguns momentos para que nos entreolhássemos espantados.

– Quê? Repete isso, princesinha?!

– Que bom que você aceitou?

– Não, a outra parte.

– O pedido do papai?

Um sorriso largo se fez presente no rosto de Rindou, que pegou a pequena no colo girando ela no ar enquanto quase pulava de alegria.

– Você ouviu amor?! Ouviu do que ela me chamou?!

Eu nunca imaginei que poderia ver o Rindou assim, ele enchia a bochecha da pequena de beijos enquanto ela ria, realmente ficou feliz por ter sido chamado de pai pela primeira vez, já que o que ele mais queria era ser visto como pai dela, já que ele a amava como uma filha.

Após ele se estabilizar do surto, dei o presente que havia comprado a ela: um pequeno globo de neve que no escuro formava uma aurora boreal na esfera, ela realmente adorou.

Enquanto Kiyoko saia contando para todo mundo da casa a grande notícia, eu e Rindou fomos tomar um banho, juntos. Ele se encolhia de frio no canto enquanto eu tomava toda a água que saia do chuveiro para mim, pois seria melhor de lavar o cabelo.

– Eu ainda vou morrer de frio e a culpa vai ser sua.

– Não da para eu lavar o cabelo estando colada em você!

– Da sim, deixa eu te mostrar. – Ele pegou novamente o pote de shampoo e ficou por trás de mim, de forma que nós dois recebêssemos a água quentinha. Começou a lavar meu cabelo com cuidado, fazendo uma massagem relaxante enquanto tentava lavar cada cantinho. Aproveitei a massagem de olhos fechados, gostando também da aproximação do homem.

– Ei, está tudo bem mesmo por você aquilo da Kiyoko te chamar de pai? Você sabe que eu posso falar com ela...

– Está brincando né? Eu fiquei feliz pra caralho por ela já estar me vendo como pai, porque eu a vi como filha desde que comecei a ficar contigo. – Ele me virou de frente para ele, pois sentia que falar olhando no olho aumentava a credibilidade.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora