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Aquela foi uma das melhores viagens que eu já tive em toda a minha vida, se não a melhor. Não ha nada mais gratificante do que poder ter um momento com as pessoas que eu mais amo, sendo elas o meu marido e a nossa filha.

Quando eu apenas procurava um trabalho para complementar a minha renda e poder me livrar de Kisaki, não passava jamais pela minha cabeça que hoje eu estaria realizando o meu sonho.

Passava muito menos que eu realizaria com o meu chefe.

Passamos uma semana em Paris, visitando cada lugar indicado pela internet e pelos pontos turísticos mais conhecidos, vez ou outra indo rapidamente até outra cidade da França apenas para não ficar somente em Paris.

Após isso, passamos alguns dias na Rússia, fazendo o mesmo esquema de ficar maior parte do tempo em Moscou mas ir viajando por outras cidades também.

Em seguida, Alemanha, e depois a Suíça, finalizando a lua de mel em Santorini, na Grécia. Totalizando praticamente quase dois meses de viagem.

E era óbvio que fizemos questão de transar em cada um desses países e cidades. Eu diria que estávamos apenas criando ótimas memórias da viagem.

O lugar favorito de Kiyoko foi a Suíça, com toda a certeza, tanto que ela pedia para voltarmos lá algum dia, e obviamente, Rindou como o pai babão que era, dizia que iria a levar em todos os lugares do mundo que ela quisesse.

Mas, como nem tudo são flores, tivemos que voltar para a nossa rotina de sempre, sabendo que teríamos trabalho que iriam nos atolar até o pescoço.

Assim que colocamos o pé em casa, Alyssa veio correndo me abraçar, a mulher faltou pouco chorar enquanto me esmagava em seus braços.

– Eu senti tanta saudades, gatinha. Achei que ia morar por lá.

– Mas nós vamos, a gente vai se mudar pra Suíça. – Kiyoko falou como se tivesse toda a certeza do mundo.

– Não vamos não. – Falei sussurrando pra Alyssa, que riu ao conseguir fazer leitura labial.

Ela estava magnífica, a gravidez deu um brilho a mais para ela, e a cada mês que se passava a barriga ia aumentando mais. Ainda não sabia o sexo do bebê, mas eu estava ansiosa para o nascimento.

Kiyoko também estava, afinal, ela teria um primo ou uma prima para brincar todo dia, e ela insistia que seria uma menina.

Após a recepção de todos que diziam ter sentido saudades (mesmo alguns estando mentindo, como Takeomi e Mochizuki), tivemos um pequeno descanso antes de Manjiro vir nos chamar para uma reunião, pois tínhamos trabalho a fazer.

– Durante esse longo tempo que estavam fora, "entramos em contato" com Kisaki. – Falou fazendo aspas com os dedos - Ele não tentou nada, sem recados ou invasões, a única coisa que conseguimos de sinal de vida dele foi pelo Hanma.

– Continuei indo a algumas reuniões para me aproximar de Kisaki, eu até que consegui ter esse acesso a ele bem rápido. Obviamente, me fez milhares de perguntas sobre como eu havia sobrevivido, ou melhor, como não haviam me matado e desconfiou que eu tivesse dado informações em troca da minha liberdade.

– Felizmente, já sabíamos que esse tipo de perguntas poderiam ocorrer, então antes da reunião, preparamos o Hanma da melhor forma para se esquivar desse questionário. – Mochizuki complementou.

– E eu fui um ótimo ator, sem querer me gabar. Mas continuando, o Kisaki está todo fudido. Logo quando ele começou a criar confiança em mim, me contou como havia acontecido, como sobreviveu e como foi sua recuperação. Ele ficou paralítico temporariamente graças a granada que Rindou explodiu nas costas dele, a Kaori não era experiente em questões médicas e cirurgiãs, então é óbvio que daria merda, mas ele não podia esperar até conseguirem contatar uma pessoa especializada.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora