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AVISOS: Esse último capítulo está grande e não revisado, então perdoem qualquer erro e espero que gostem.

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No dia seguinte, aqueles antigos amigos de Manjiro, e agora meus, já estavam em nossa casa preparados para ouvir o plano. Eu estava nervosa, não podia dizer que não.

Por mais que eu necessitasse dessa vingança, Rindou estava certo, eu não tinha tanto preparo e aquela seria uma puta guerra, não era qualquer bobeirinha que eu recebia como missão na maioria das vezes.

Mas eu não iria dar pra trás, eu me recusava.

Hanma colocou várias plantas do lugar onde seria o confronto, explicava para a gente cada canto daquele lugar, precisávamos conhecer tudo ali como conhecemos nossa palma da mão.

– Em campo aberto a gente não tem a menor chance contra eles, lembre-se de que não fazemos ideia de quantos homens exatamente terão lá com eles, no entanto, nas salas a vantagem deles não será tanta.

– A gente vai rastejar por cada canto dessa casa como se fôssemos ratos, passando por ventilação, corredor e o caralho que for. Jogaremos uma granada atrás da outra e sentamos o dedo na metralhadora, temos que fazer tanto barulho que esses filhos da puta não vão conseguir ouvir nem o próprio rádio.

Manjiro, Hanma e Mochizuki iam revezando a fala. Aparentemente, eles três haviam preparado o planos sozinhos, então não havia ninguém melhor pra explicar.

– Mikey, isso não é a porra de um filme da guerra mundial. – Ken falou já se irritando só de ouvir o plano.

– Exatamente, Kenzinho. É muito pior.

– Vamos precisar de três voluntários, e essa missão não vai ser nada fácil. Esses três vão precisar ganhar a retaguarda, só temos chances se atacarmos por frente e por trás, e temos que ser rápidos.

– E já adiantamos que serão os mais expostos, quem vai?

Haruchiyo foi o primeiro a levantar o braço, era óbvio que ele seria o que mais tinha coragem - ou seria o mais louco - para fazer algo do tipo. O próximo foi o Kazutora, aquele de cabelo loiro e preto que tinha uma tatuagem de tigre no pescoço. Por final, eu levantei.

Eu não sei se eu queria provar para Rindou que era capaz de participar de algo assim ou se minha noção só se esvaiu, mas eu levantei.

– Você tá de sacanagem... – Ele falou bufando enquanto passava a mão por seus cabelos.

– Rindou, depois vocês continuam com a briga de casal, agora não é hora disso. – Manjiro falou sério, voltando a atenção no plano. – A missão de vocês será entrar pelo teto, serão os mais expostos porque como Hanma já disse, os arredores vão estar cheios de atiradores, para algum ver vocês e meter bala é fácil fácil.

– Mas, vamos separar os com melhores habilidades de mira e tiro dos que sobraram para cuidar dessa parte externa, tirando de jogo os que conseguirem e liberando a passagem para vocês.

– Como eu já havia dito, será amanhã. Eu não gosto dessa energia ruim que está pairando sobre a gente, mas se despeçam um do outro, não sabemos como ocorrerão as coisas, pode ser a última vez que nos veremos, principalmente vocês três. – Falou apontando para nós que nos voluntariamos.

Já era tarde da noite quando terminamos de entender todo o plano, passamos praticamente o dia inteiro passando e repassando tudo que ouvimos, estava muito em cima da hora, então não podíamos nos dar ao luxo de perder alguma etapa ou fazer alguma besteira.

Fui para o quarto assim que terminamos com a reunião, vendo Rindou chegar atrás de mim e fechar a porta com a chave pra ninguém entrar. Ele apenas me abraçou, eu estranhei aquela sua atitude, esperava um sermão ou algo do tipo, mas recebi apenas um abraço.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora