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{O conteúdo desse capítulo poderá ser considerado sensível por algumas pessoas}

Capítulo não revisado.

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A morfina que Haruchiyo havia injetado em mim já estava fazendo efeito, eu sentia meu copo todo relaxar, mas sabia da gravidade da situação.

Rindou fez questão de correr atrás de tudo para que pudéssemos ter alguma noção de onde ela estava e resgatarmos, a equipe responsável já estava a todo vapor na tentativa de rastrear o número pelo qual enviaram o vídeo.

Eu continuava naquele mesmo sofá sem energia alguma pra fazer qualquer coisa, pelo menos eu não estava tendo nenhuma crise de pânico. Rindou se aproximou de mim, se sentando ao meu lado, me puxando para deitar com a cabeça em seu colo.

– Como você está se sentindo? – Perguntou cuidadoso, acariciando meu cabelo com uma delicadeza tão grande que era como se eu pudesse quebrar.

– Eu estou péssima. – Respondi simplista, olhando para ele com uma expressão triste.

– Eu vou fazer de tudo para resgatar ela, eu te prometo.

– Eu juro que não sei o que vai ser de mim se eu perder ela também. – Após isso, não consegui segurar o choro que estava preso em minha garganta.

– Não chora, meu amor... vai dar tudo certo.

Ele tentava ser positivo, obviamente sem sucesso, já que eu não conseguia ter nenhum pensamento positivo sobre essa situação. Manjiro aparece na escada, chamando Rindou para conversar, e me deu a ordem de que continuar ali.

Ele se levantou, deixando um último beijo em minha testa e subindo até a sala de reuniões. Estava todo mundo reunido ali, aparentemente tinham alguma atualização. Meu celular estava em cima da mesa, precisavam dele para ajudar nas buscas.

– O Kisaki novamente mandou mensagem para ela, dessa vez usando outro número, usaram algum tipo de sistema que impede o rastreamento. Ele quer que entreguemos o Kaneko a troco da irmã da Matsuno, ele ainda está vivo? – Manjiro perguntou para Haruchiyo.

– Vivo está, mas está em um estado tão fudido que seria melhor para ele não estivesse.

– Ótimo, isso aí já não é problema nosso, o que importa é salvar a garota.

– Tivemos todo o trabalho de ir buscar esse filho da puta nos Estados Unidos, gastamos dinheiro, corremos risco de morte, estamos esse tempo todo tentando tirar alguma informação desse inútil, pra simplesmente devolver ele para o Kisaki?

– Takeomi, não conseguimos nada de tão interessante ainda dele, provavelmente ele só não sabe mesmo, até porque eu duvido que sua lealdade seja mais valiosa do que todos os membros que já arrancamos e mutilamos dele, e nós devemos isso a Matsuno. – Manjiro respondeu convicto a fazer a troca.

– Não quero questionar a situação, mas eu estou achando isso bem estranho. – Rindou falou, atraindo a atenção de todos ali. – O Kisaki não me parece ser o tipo de cara que se importa com aliados, e ele tem plena ciência de que a essa altura, ou o Kaneko já teria falado o que sabe e estaria morto.

– Você acha que isso é uma emboscada?

– Tem grande chance, mas não podemos perder a chance.

A suposta troca seria ainda hoje, tinham pouquíssimo tempo de planejar algo para buscar Ayumi em segurança.

Me deixaram em casa com Kiyoko e mais centenas de seguranças espalhados por toda a casa, eu torcia para que desse tudo certo. Não me deixaram ir junto, alegaram que eu não estava no meu melhor momento, e de certa era forma, era verdade.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora