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Capítulo não revisado.

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Meu novo lar. Não sabia se poderia o chamar assim, até porque não sabia por quanto tempo ficaria ali ou se estaria confortável como na antiga casa, mas de qualquer jeito, ali estava o meu novo lar.

Era uma casa gigantesca com seu exterior mais antigo, mas de forma que demonstrava muita riqueza. Ficava mais afastada do centro da cidade, mais perto das montanhas, dificilmente seria vista como alvo.

Kiyoko estava encantada, dizia que a casa era como um castelo e que ela seria a princesa, eu a rainha e Rindou o rei. Às vezes eu gostaria de voltar a ser criança só para poder ter a inocência e a fácil aceitação delas.

Castelo, museu, mosteiro, casa old money, não sabia como definir a casa que estava diante de meus olhos, mas não podia negar que era bonita.

Organizamos nossas coisas cada um em seu quarto. Eu iria dormir com Rindou na maior parte das vezes, mas às vezes dormiria no mesmo quarto de Kiyoko. Como os quartos eram relativamente simples, decorei ao máximo o quarto da pequena, com decorações de dinossauros e cogumelos, era uma luta para combinar os dois elementos sem ficar uma bagunça visual.

– Depois vamos lá embaixo, tenho uma surpresa para você. – Rindou falava enquanto me ajudava a organizar nossas coisas.

– Tenho medo de surpresas por nunca saber do que se tratam.

– É exatamente essa a definição de surpresa, meu amor.

Rindou me puxou pela mão, largando tudo o que estávamos fazendo e me levou até a garagem da casa, não queria esperar até terminarmos, até porque estávamos longe de acabar toda a arrumação. Me levou com ambas as mãos em meus olhos, me impedindo de ver qualquer coisa em minha frente e me guiando.

Assim que ele me permitiu ver, a primeira coisa que consegui enxergar foi uma Mercedes EQS 53 AMG preta, o mesmo balançava a chave à minha frente.

– É brincadeira isso, não é? – Falei desacreditada.

– Claro que não. Pega, é seu.

– Rindou, eu não posso aceitar!

– Você pode e deve. Além de ser um mimo meu, é algo que uma hora ou outra você ia precisar, já que agora não pode ficar andando por aí sozinha a pé, e nem sempre poderei te levar onde quer, apesar de ser um prazer.

Sorri, o puxando para um abraço de agradecimento, pegando as chaves de sua mão e depositando um beijo carinhoso nos lábios do maior que envolveu seus braços por minha cintura.

– Entra no seu novo carro, princesa. Sabe dirigir, né?

Concordei com a cabeça, o abrindo pela primeira vez e ficando encantada com o interior do carro com banco de couro e luzes por dentro de todo o carro.

– O que acha de estrearmos ele? – Perguntei para Rindou que estava a minha frente observando eu explorar o carro.

– Acho uma ótima ideia, só peço a Deus que você seja uma boa motorista. – Brincou me fazendo revirar os olhos.

Fomos buscar então a Kiyoko para ir com a gente, e assim que ela viu o carro, gritou feliz, empolgada com o novo carro de sua mãe, que consequentemente, era dela também.

Abri a porta do carona para Rindou entrar, retribuindo todo o cavalheirismo que ele costuma ter comigo. Ele deu uma risada espontânea, uma risada gostosa de se ouvir. Era nítido que estava feliz em me ver feliz, e em saber que conseguiu me distrair de tudo que estava acontecendo.

Dirigi devagar pelas ruas da cidade, ainda estava me acostumando a tecnologia do carro e com como ele funcionava, mas logo peguei o jeito e consegui dirigir com mais segurança em mim mesma e no meu novo carro.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora