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Capítulo não revisado.

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O lugar no subsolo do prédio da Bonten além de ser um laboratório de drogas, era também um arsenal, com armas de todos os tipos e tamanhos. Havia local também para treinar mira e testar armas, que era onde estávamos indo.

Vendo de fora, a parte interna nem parecia tão grande quanto de fato era. Senti que se não estivesse acompanhada, com certeza conseguiria me perder ali dentro.

– Ansiosa para aprender a manusear uma arma? – Kakucho perguntava. Gostava da forma com que ele tentava fazer eu me sentir confortável ali.

– Para ser sincera, nem um pouco. Às vezes não consigo acreditar ainda que me envolvi nisso. Fico com medo de estar estragando a vida da minha filha por conta das minhas escolhas.

Kakucho passou um braço pelo meu ombro, me abraçando de lado enquanto me guiava até a área de treino. Eu não via maldade nele, parecia mais que de fato queria fazer uma amizade, e isso era bom.

– É normal se sentir assim no começo, mas pelo pouco que te conheço, sei que ela deveria se orgulhar de ter uma mãe que faz tudo pensando nela.

– Você também se sentiu mal assim que entrou nesse mundo?

– Na verdade, não. Entrei muito cedo, não tinha muita maturidade ou noção das coisas, mas de fato, as coisas são bem diferentes daquela brincadeira de criança.

Abriu a porta em minha frente, me dando visão a área de treinamento. Era gigantesca, até uma espécie de ringue de luta havia. Pelo que eu tinha entendido, iria treinar combate corpo a corpo, manuseio de armas de fogo e armas brancas, e tudo que envolvesse defesa ou ataque.

Kakucho foi até um armário com roupas, pegando umas peças que julgou que iria caber em mim, me entregando juntamente de botas.

– Troque de roupa, será mais fácil para você aprender se estiver com uma roupa adequada. Tem um banheiro logo à direita.

Vesti a roupa que ele havia me entregado. Era composta por uma calça preta justa e confortável, e uma camisa de manga comprida, ambos na cor preta, usava também um coturno no estilo militar. Sai do banheiro voltando até Kakucho, que me esperava com mais coisas em mãos.

– Agora, você vai aprender a colocar o coldre. É importante saber que nem sempre você poderá usá-lo, já que nem sempre estaremos preparados para um combate, mas é sempre bom saber o básico.

Era como uma espécie de cinto para as armas. Os que Kakucho carregavam aparentemente era para o quadril e para a coxa, os mais básico e versáteis.

– Com licença. – Falou respeitosamente antes envolver um dos "cintos" em minha coxa, me explicando passo a passo de como colocar, por mais que não fosse uma tarefa difícil, fazendo o mesmo com o do quadril.

– Imaginei que fosse mais difícil, acho que dou conta. – Disse após a explicação do homem, que sorriu amigável.

– Não é tão complicado, mas gosto de explicar, pois entendo que cada um tem seu tempo de aprendizado. A única coisa que deve se preocupar é de estar bem preso ao seu corpo.

– Minhas "aulas" serão sempre com você?

– O Haruchiyo também ajudará nesse processo, inclusive já era para ele estar aqui, mas não dá para ficar esperando sua boa vontade. Vamos começar com as armas, sendo o que você terá mais chance de usar. Quer começar pelo mais fácil ou pelo mais difícil?

– Pelo mais difícil, que aí já domino o mais fácil de vezes e adianta o processo.

– Gostei de seu raciocínio.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora