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{Esse capítulo contém cenas de sexo explícito}

Capítulo não revisado.

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No outro dia, meu trabalho foi um pouco mais cheio. Como a Bonten agora teria que se preocupar com o Tenório e essa guerra que estava começar a ser destravada, a todo momento chegava novos papéis para organizar, agenda para montar, informações a serem pesquisadas, arquivos a serem revisados e editados e por aí vai. Por ser muita coisa, Rindou estava me ajudando a organizar da forma que podia.

Já não aguentava mais ficar sentada na frente daquele computador, precisava andar e esticar um pouco as pernas.

– Vou ir ao banheiro, quer alguma coisa, Rindou? – Uma das poucas vezes que eu o chamei sem o "senhor" na frente.

– Não, obrigada. Quero focar aqui em terminar o mais rápido possível. – Disse sem tirar os olhos do computador, ajeitando seus óculos.

Sai da sala me sentindo aqueles alunos que pediam para ir ao banheiro apenas para passear, mas já estava ficando maluca com aquela tela na minha frente, precisava relaxa um pouco.

Fui ao banheiro jogar uma água no rosto na tentativa de tirar um pouco de meu estresse. De repente, percebo Kaori ao meu lado, nem sequer tinha visto ela chegar.

– Oi gata, veio fugir um pouco do trabalho? Quando eu trabalhava para o Rindou também ficava exausta, aquele homem me deixava maluca!

Kaori tentava trazer um duplo sentido para o que ela falava, na intenção de me ver irritada ou algo do tipo. Sequei as minhas mãos e dei uma última ajeitada em meu cabelo, a respondendo momentos antes de sair.

– Que bom então que você foi rebaixada a recepcionista, não é mesmo?

Sorri saindo do banheiro, podendo ouvir Kaori suspirar frustrada atrás de mim. Voltei para o escritório tão tensa quanto sai, e Rindou continuava na mesma posição que estava, parecia até um robô.

Cerca de meia hora depois, Rindou se levantou, estava estressado e cansado, mas não deixava isso transparecer, continuou com a mesma postura calma. Encheu duas taças com vinho me entregando uma.

– Toma, só assim para conseguir aguentar esse trabalho todo. – Aceitei de bom grado, bebericando um pouco olhando em seus olhos.

– Você gosta mesmo de vinho, hein, senhor.

– De fato, ainda mais se eu estiver na sua companhia. – Se virou, olhando pela janela o céu que já estava quase totalmente escurecido. – Larga esse computador e vem aqui conversar um pouco, amanhã você termina.

Dei graças a Deus silenciosamente, já não aguentava mais tanto trabalho. Fui para perto dele, segurando minha taça e olhando para a mesma paisagem que ele.

– O que caralhos você tem, S/N? – Perguntou sem olhar para mim. Olhava para os carros que passavam na rua de forma pensativa.

– Eu não entendia a sua pergunta, senhor.

Ele então se virou para mim, sorrindo em negação, talvez nem acreditando que estava fazendo essa pergunta.

– O que você tem para me fazer tão bem assim? Eu gosto da sua presença, e mesmo quando você está calada fazendo o seu trabalho, eu me sinto bem.

– Essa é uma pergunta que nem eu sei responder, Rindou. Mas eu também me sinto da mesma forma.

Ele se afastou indo encher pela segunda vez nossas taças. Segui ele, não aumentando nossa distância em nenhum momento.

– Eu acho que se continuarmos bebendo vinho assim, como se você não fosse o meu chefe, uma hora vai acabar não prestando.

– Por que, senhorita? Por acaso não gosta do nosso momento de fuga do trabalho? Se quiser, podemos voltar a ter um tratamento extremamente profissional.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐟𝐫𝐨𝐦 𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐥𝐢𝐯𝐞𝐬 - Rindou HaitaniOnde histórias criam vida. Descubra agora