Beijar uma mulher é muito diferente de beijar um homem.... principalmente se tratando desse nível. A boca de Stella, tão macia e deliciada, mas ao mesmo tempo firme, me deixa desnorteada. Sua língua percorre a minha e a saliva mescla em nossas bochechas. Tão depressa um frio característico preenche meu estômago. Meu ventre queima deliciosamente.
As duas mãos percorrem minhas coxas em uma trilha perigosa pelos meus quadris e ultrapassam o limite da camisola. Dedos longos apertam minhas nádegas... e as estapeiam. Por dentro eu estou berrando de tanto desejo e excitação. É muito, muito bom chegar a um momento desses depois de me imaginar com essa mulher por toda a última semana.
— Quis fazer isso desde que vi aquele garotinho pegar na sua cintura. — Stella ronrona contra meus lábios. Presumo que ela esteja se referindo a ter me batido com força à ponto de causar uma ardência na minha bunda, mas eu meio que fiquei cheia de tesão. Saber que ela sentiu ciúmes de Gabe só intensifica o que sinto. — E pensei muito em te levar pra minha casa quando me beijou na calçada... — Prossegue minha adorável chefe, descendo ao meu pescoço.
A respiração quente que atinge minha pele faz cócegas, mas estou ofegando e é impossível rir. Stella se diverte com minhas reações. Maldita. Penso em qualquer coisa que possa dizer para desconcertá-la.
— Ele nunca me deixou desse jeito...
Stella para de se mexer e sobe os cílios para mim. Há malícia na boca. Os dedos destros estão largando meu traseiro e traçando um outro caminho para o centro das minhas coxas. Fico contente por ter escolhido a camisola.
— De que jeito? — Falcone faz-se de desentendida. Droga, esses joguinhos me matam. Eu não consigo me fingir de séria ou ficar provocando quando ela está tocando minha calcinha úmida... Úmida demais. — Enxarcada? — e eu não percebi estar tão molhada até o comentário dela. Minhas bochechas queimam de vergonha. — É a primeira vez que te deixo tão sem resposta, não é? — Ela tem razão. No avião eu ainda consegui retrucar suas investidas com frieza, mas não posso buscar gelo quando todo meu corpo queima como brasas no inferno. Nós somos uma representação bíblica alternativa. Um anjo de branco tentado pelo Diabo com seu belo cabelo flamejante e unhas escarlate.
Não aguento toda a enrola de Stella. Ela está brincando comigo. A mão livre segura a alça da minha camisola e a empurra cuidadosamente pelo meu ombro. Mantenho o contato. A segunda alça vai embora e, quando o tecido desce pelos meus seios, ela desvia-se para baixo e inspeciona minhas duas circunferências arrebitadas. Meus mamilos empedrados chamam atenção, porque Stella lambe o lábio. Masco o meu. E se eu desmaiar agora?
— Deliciosa. — Sussurra consigo.
Entro em surto. Stella não perde tempo. Sua língua desce pela glândula mamária e roda ao entorno do botão marrom. Em sincronia com a boca, os dedos se mexem sobre a minha vagina. Quando não é o bastante, ela puxa minha calcinha de lado e toma posse de mim. E eu arfo. Stella com certeza já fez isso outras vezes, contudo, procura a frequência perfeita, que deduz ser quando meu ofegar migra para gemidos. É surreal. Olhando para trás, ninguém diria que chegaríamos a esse ponto da história. As probabilidades contra mim eram tantas... E cá estou, transando com a mulher que tanto quis ver morta. E eu só a quero para mim. E ela me quer também. Muito. Stella passa o foco ao meu outro seio, como fez com o anterior. A temperatura na sala aumenta, apesar da chuva mais forte lá fora. O médio dela busca uma entrada e desliza para dentro de mim. Que gostoso, eu penso.
— Você pode ser minha... — o dente de Stella raspa no meu mamilo. Beijos são distribuídos ao redor dele e pela minha barriga nua, no umbigo, e mais embaixo, próximo de onde minha camisola está amontada, ao redor do meu quadril. A essa altura se tornou inútil no quesito "cobrir". Stella se ajoelha e bota uma das minhas pernas em cima do seu ombro, ainda me penetrando. — Assim... — É mais fácil para ela nessa posição, porque a facilita de me experimentar, passando a língua nos meus lábios vaginais. Reprimo um gritinho de tesão ao ter meu clitóris sugado. Por quanto tempo vou aguentar mais? Não sei.
Meus olhos fechados não impedem que eu visualize, em minha mente, a imagem de seus movimentos circulares ao redor do meu ponto G enquanto o indicador se une ao médio para ganhar espaço dentro de mim. Tapo minha boca. Meu ventre queima com uma formigação intensa.
— Ste-lla...
— Tão gostosa... — a voz vem seguida de um som molhado.
— Minha. Santa. — Eu reviro os meus olhos e contraio os dedos dos pés.
A sensação intensa do orgasmo me arrasta p
ara um lugar especial, para os céus, eu diria. Não penso em nada. Toda a minha tensão muscular acumulada desde o início dessa viagem se evapora feito um nó muito apertado quando desatado. Eu relaxo e me perco. Stella prolonga isso.
— Você fica linda quando chega lá. — Ouço-a, mais perto de mim. Ela me beija na boca, lenta e certeira. Não tenho capacidade alguma para falar qualquer coisa. Deito minha cabeça contra seu ombro e a deixo acariciar minhas costas por longos minutos.
— Stella... — murmuro enfim, afogada pelos grandes peitos dela.
— Sim? — ela para de mexer na minha raiz capilar.
Bato minhas pálpebras.
— Eu quero ser sua.
Stella também se vê surpresa pela minha resposta. Talvez tivesse dito aquilo na hora do prazer, mas teve um significado maior para mim. Para nós, aparentemente. Ela me oferece um sorriso lindo e radiante, o mais sincero que já deu em toda sua vida. Pelo visto, é um sentimento mútuo... Stella Falcone também me quer para ela.
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Odiável
RomanceCom a aposentadoria de Anna Wintour, a VOGUE têm uma nova editora-chefe; a mais nova sensação crítica do momento no mundo da moda: Stella Falcone. Elena Hathaway, uma ex-universitária recém-formada, consegue o cargo mais disputado contra...