Em meio às sombras do poderoso clube de striptease Vênus, Mia, uma jovem talentosa, ergue-se como a principal atração, hipnotizando todos com sua dança e presença. Mas tudo muda quando Billie O'Connell, filha do poderoso contrabandista Patrick, cruz...
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Mia.
Escutei minha música de entrada tocar e corri para finalizar minha maquiagem. Dei uma última olhada no espelho, ajeitando a lingerie branca juntamente com o vestido transparente, e tudo parecia estar em ordem.
Caminhei rapidamente em direção às cortinas que davam de frente para o público e coloquei a máscara. Minhas mãos tremiam, mas minha respiração permanecia calma. Me preparei fazendo minha pose, e senti um feixe de luz intenso se acender nas minhas costas, iluminando tudo ao meu redor e projetando minha silhueta para o público. As cortinas logo se abriram, me dando passagem para o palco.
Caminhei lentamente em direção ao pole dance, sentindo o olhar de todos sobre mim. Agora, não era mais eu quem estava em cena, era Lilith.
Agarrei o poste metálico com firmeza, sentindo a superfície lisa sob meus dedos. A música suave preenchia o ambiente, me energizando enquanto começava a me mover em torno dele. Deslizei meus pés suavemente pelo chão, seguindo o ritmo da música. Ergui meu corpo, sentindo todos os meus músculos se tensionarem e em seguida desci rebolando com suavidade, permitindo que meu corpo se movesse de forma contínua e sensual.
A cada batida da música, eu me sentia livre, permitindo que a melodia me envolvesse por completo, facilitando que cada movimento fluísse naturalmente. No entanto, algo me tirou a concentração momentaneamente.
Enquanto dançava, no canto da minha visão, notei um olhar fixo sobre mim na plateia. Uma mulher de cabelos escuros me encarava intensamente.
Seu olhar estava fixo em mim, como se estivesse hipnotizada pela minha performance. Mesmo no escuro, pude perceber a cor clara de seus olhos. Ela era diferente; nunca a tinha visto por aqui antes, e certamente me lembraria dela.
Ela parecia absorver cada gesto meu, como se estivesse tão imersa quanto eu na dança. Seus olhos me acompanhavam cegamente, sua atenção não se desviava nem por um segundo. Tentei manter a concentração na dança ao máximo, mas minha atenção se perdia constantemente. Seus olhos eram como um ímã, me chamando a cada momento.
Notei um sorriso de canto crescendo em seus lábios quando comecei a dançar especificamente pra ela. Um arrepio suave percorreu minha espinha quando ela bebericou o copo, mantendo os olhos ainda fixos em mim, mas não deixei que isso transparecesse. Continuei seguindo com a dança como se nada estivesse acontecendo.
À medida em que a música alcançava seu ápice, eu me permitia cada vez mais me entregar, aproveitando cada movimento. A melodia preenchia o ambiente intensamente, e meus movimentos fluíam em perfeita harmonia com cada nota.
Com um último giro, e um movimento bem executado, encerrei a dança.
Antes de sair, olhei novamente para a mulher na plateia e nossos olhares se encontraram brevemente. Ela ainda me encarava, mas agora com um semblante mais sério, como se estivesse analisando cada detalhe meu.
