Em meio às sombras do poderoso clube de striptease Vênus, Mia, uma jovem talentosa, ergue-se como a principal atração, hipnotizando todos com sua dança e presença. Mas tudo muda quando Billie O'Connell, filha do poderoso contrabandista Patrick, cruz...
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Mia.
- Nossa... que barra. — Lauren disse, dando um gole na bebida. — Mas pelo que eu entendi, você casou com uma traficante louca, obsessiva e manipuladora que não te deixa viver ou sair de casa. Mas você tem ciúmes e não deveria, porque nada do que vocês têm é real, e é só uma fachada?
- É... tipo isso. — Concordei virando o resto de uísque que tinha no copo.
- Mas isso não é justo, porque ela pode transar outras pessoas e você não?
- Porque ela é foda e tem uma arma, simples. — Dei de ombros.
- E porque você não entrega ela para polícia?
- Quem dera fosse fácil assim. Ela sabe quase tudo de mim, onde eu moro, sabe que meu ponto fraco é minha avó, ela tem o que precisa para me destruir, está tudo nas mãos dela. Eu simplesmente entreguei tudo de mão beijada porque eu sou burra.
Lauren segurou um riso enquanto terminava de virar o copo e ficou me encarando pensativa por alguns segundos.
- Sabe do que você precisa?
- Do que? — Suspirei cansada.
- Maconha. — Ela disse tirando uma nota do bolso e colocando em cima da mesa. Em seguida, pegou minha mão e me puxou para fora do bar.
- Que, o que você tá fazendo? — Perguntei enquanto ela tirava um baseado do bolso da jaqueta e acendia.
- Fumando. — Disse com o baseado no canto da boca. — Você já experimentou? — Ela deu um sorrisinho levantando as sobrancelhas.
- Não. — Disse simples. — E nem vou.
- Ah, mas você vai sim...
- Lauren... por favor, limites.
- Que limites Mia? Para agir como se tivesse oitenta anos, a vida é uma só, você não vai se arrepender. Toma. — Esticou o baseado na minha direção com um sorrisinho. — Só umas tragadinhas, pra desestressar.
Ah, quem eu quero enganar?
Eu já fui stripper, já dei milhares de vezes pra um monte de velhos, o que é um baseadinho perto disso? Literalmente, nada.
- Isso vai me deixar louca? — Perguntei receosa.
- Não, só um pouquinho feliz e leve.
Olhei para a morena e ela sorria animada. Hesitei por mais um tempinho e em seguida peguei o baseado de sua mão, levando-o até a boca. Na primeira vez, traguei meio errado e comecei a tossir que nem uma cadela. Lauren riu e me explicou direitinho como se tragava da forma certa. E assim que o fiz, senti um gosto de coisa queimada na boca, mas era bom, eu gostei. Era bem diferente dos cigarros que eu fumava com os clientes de vez em quando.
