• 15 | The bitch is back.

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Billie

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Billie.

Sabe quando o mundo parece parar por conta de alguém?

Era assim que eu me sentia com ela, Reneé era tudo, era calmaria em meio ao caos e a paz em meio à guerra. Quando a conheci, ela era uma menina simples, de família humilde. Não precisou de muito pra eu me apaixonar loucamente por ela. Logo que começamos a sair, ela me mostrou um outro lado da vida, um ao qual eu não conhecia, e isso fez eu me encantar ainda mais por ela. Sempre fui porra louca, e ela, certinha. Até certo tempo, ela conseguiu me fazer andar nos trilhos, mas não demorou muito para eu me desviar e tirar ela junto.

Cocaína sempre foi uma coisa que rendeu muita grana ao meu pai, logo no início eu não ligava muito, mas ele começou a me ensinar, a me inserir nos negócios. Eu passei a aprender, a saber como encaixar cada pecinha que se deslocava. Bom, eu já disso isso, mas ocultei uma boa parte da história simplesmente pelo fato de que eu odeio lembrar disso. Mas, como eu estava dizendo, Reneé acompanhava tudo de perto, me ouvia falar horas sobre como tal operação foi feita e sobre como tal cara foi morto.

Até que começamos a pegar gosto pela coisa, a sentir atração pelo crime; aquilo nos excitava, nos fazia sentir fortes. A gente era foda juntas, uma dupla e combinação perfeita. Lembro que, na época, eu era loira, assim como ela. A gente era a definição de casal perfeito, era como se fôssemos Bonnie e Clyde.
A gente curtia pra caralho, bebia, se drogava. Era como se aquilo que tínhamos nunca fosse acabar. No início, nossa equipe era apenas nós duas, depois contratamos Eric e Chase. Não dávamos conta dos carregamentos, era muita coisa para administrar sozinhas. E assim seguimos até contratar o resto da equipe. A gente era bom, sabia direitinho como agir, fazíamos tudo quietinhos, por baixo dos panos, ninguém nunca desconfiava de nada.

Nosso triunfo foi quando conseguimos fechar trinta milhões em vendas em um único mês. Ficamos felizes pra caralho e comemoramos que nem loucos. Contudo, Reneé não era mais a mesma, ela vivia de mal humor e de saco cheio pra tudo, inclusive para mim. Na minha cabeça, isso era só uma fase ruim que logo passaria. Mas, o que eu não contava era que essa 'fase' se tornaria ainda pior.

Ela começou me tratar mal, querer tomar a frente de tudo, e aos poucos, comecei a perceber que ela estava tramando algo. Ela estava se distanciando e agindo de forma estranha. Era como se ela estivesse preparando o terreno pra algo maior, algo que eu não conseguia enxergar naquele momento. Eu estava cega, não queria enxergar o que ela estava fazendo. Até que um dia, Eric me ligou de madrugada dizendo que toda grana havia sumido. Toda grana. E quando ele me disse que a responsável pelo roubo tinha sido Reneé, meu peito doeu.

Receber a notícia do roubo foi como um soco no estômago. Descobrir que a pessoa em quem eu confiava cegamente me passou a perna de uma forma tão fria me fez sentir um ódio inexplicável. Eu tinha duas opções, deixar ela fugir com a minha grana, ou ir atrás dela. E foi isso o que eu fiz. Quando comecei a desconfiar que ela estava fazendo alguma coisa sem eu saber, instalei um gps no celular dela, e foi assim que consegui alcançar aquela puta antes de ela fugir.

Mrs. O'Connell | Billie EilishOnde histórias criam vida. Descubra agora