Capítulo 221: Névoa azul

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POV Luna

Após pouco mais de uma hora a observar Cristal inconsciente, Sophia afirmou que ela não corria nenhum risco e que precisava retornar ao hospital. Acompanho-a até a porta, vejo que os meninos estavam com suas motos estacionadas a espera de alguma autorização para entrarem, cumprimento o pessoal enquanto observava o carro da doutora sair da vinícola.

— Como está a situação com a Cristal? — Din questiona assim que me aproximo.

— Não sei dizer, segundo a doutora ela está bem, mas ainda desacordada. — Respondo simplista.

— E a Ivete? Renata comentou que ela estava com uma hemorragia. — Spok se inclui na conversa.

— Ainda não fui ver como ela está, mas Júlia está com ela. — Suspiro, sei que ela está em boas mãos. — Queriam falar comigo?

— É, conseguimos agendar uma reunião com as Sombras, elas têm muitas informações e mandaram um recado para vocês. — Din diz sério.

— Podem esperar a doutora finalizar o procedimento com a Ivete? É melhor que todas as meninas estejam presentes. — Eles confirmam e Lúcio se aproxima.

— Essa situação não vai impedir a visita no fim de semana, né? — Ele estava envergonhado, mas tentava disfarçar.

— Todos estamos com saudade das crianças, mas se for um caso grave, não posso arriscar a segurança delas, sei que compreende a situação. — Ele abaixa a cabeça. — Conversou com ela nos últimos dias?

— C-com quem? — Ele gagueja e os meninos riem atrás dele. — Às vezes, trocamos mensagens, mas ela está estranha nos últimos dias.

— Fica tranquilo, logo poderão matar a saudade e fica esperto moleque, sabe o que vai acontecer se magoar a minha filha. — Aproveito para dar um apavoro nele que sorri sem jeito.

— Claro que não, somos só amigos. — Ele sai rapidamente de perto de mim e aproveito para entrar na vinícola conferir como está a Ivete.

Entro no quarto e vejo Ivete sentada na cama ao lado da Gabi e Amanda a sua frente. A bandagem envolta do ombro indicava que a bala já foi removida.

— Como está, afobada? — Pergunto e ela ri.

— Muito melhor, Amanda tem mãos de fada, logo vou poder aprontar de novo. — Ivete responde quase como uma criança atentada que acabara de quebra o braço e já não via a hora de sair para brincar novamente.

— Nem pense nisso, pelo menos duas semanas de descanso para os pontos fecharem, isso se tomar os remédios no horário certo. — Amanda briga.

— Não precisa se preocupar doutora, vou trancar ela no quarto. — Gabi ameaça.

— Vai é? — Ivete dá um sorriso malicioso.

— Se preserva mulher, acabou de levar um tiro, quase morreu pelo tanto de sangue que perdeu. — Gabi estava corada pelo duplo sentido que causara.

— Obrigada por cuidar dela doutora, quanto devo? — Pego o meu celular para fazer uma transferência para ela.

— Não precisa se preocupar com a minha parte, só tenho que repassar o valor da hora da doutora Sophia, R$ 150,00 mais R$ 45,00 do deslocamento. O número da minha conta é 99726. — Amanda explica os valores.

Abro a aplicativo do meu banco e transfiro R$ 1.000,00 para a conta da doutora.

— Que isso, Luna? Era só R$ 195,00. — Ela se assusta com o valor exibido em uma notificação.

Nem a distância nos separa (Continuação)Onde histórias criam vida. Descubra agora