Borboleta

Capítulo 25

Palavras: 1.764
3 de setembro de 1992.

Eles estavam a caminho da primeira aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Harry não via os gêmeos Weasley desde a noite anterior, mas isso não era surpreendente, já que nenhuma de suas aulas até agora era com os grifinórios e os gêmeos Weasley estavam na verdade dois anos à frente dele. Ele não tinha ouvido nenhum boato sobre eles terem sido expulsos de qualquer forma, então decidiu não se preocupar. Em vez disso, ele se preocuparia em ter aulas com o professor Lockhart.

Eles não tiveram o melhor primeiro encontro. Durante o verão, o elfo doméstico de Lockhart sequestrou Harry da Mansão Malfoy e o levou para uma sessão de autógrafos no Beco Diagonal. Gilderoy o exibiu na frente da imprensa e da multidão e, pelo menos para Harry, pareceu que ameaçou um pouco Evan e Lucius quando eles chegaram para levá-lo para casa. Ele podia entender o porquê, depois que Evan explicou a ele. Mas isso não desculpava o fato de Lord Voldemort tê-lo sequestrado da casa de seu amigo, um lugar onde ele deveria estar seguro, sem qualquer dificuldade. Harry não estava exatamente animado com a perspectiva de passar um ano inteiro com Voldemort. Ele ainda não havia decidido sua lealdade, mas sabia que não queria se opor ao Lorde das Trevas. Mas... ele queria passar um ano inteiro sendo testado quanto a lealdades ou habilidades que ainda não tinha desenvolvido?

Harry ergueu os olhos quando alguém pigarreou. Ao seu lado, Draco deu-lhe uma cutucada suave e riu levemente. “Parece que alguém tem um fã-clube,” o loiro sussurrou.

Parado na frente dele, com as bochechas vermelhas e segurando uma câmera trouxa, um garoto de cabelo castanho disse: “oi. Você é Harry Potter.

"Olá," Harry respondeu educadamente, seu olhar passando entre a câmera e o rosto simples do menino.

“Eu sou C-Colin Creevey,” o garoto gaguejou. Ele segurou a câmera contra o peito e sorriu. “Posso tirar uma foto? Para que eu possa provar que conheci você? Harry o observou inexpressivo por um momento, e então se virou para olhar para Draco implorando.

Em vez de ajudar, como Harry esperava, Draco sorriu amplamente e passou um braço em volta dos ombros de Harry. "Eu posso aceitar, e então Harry você pode autografar!"

Como aconteceu com a infeliz sorte de Harry, Ronald Weasley escolheu aquele momento para aparecer no pátio. “Fotos assinadas? Quem está distribuindo fotos autografadas? A voz de Ron era alta e mordaz e ecoou pelo pátio. As cabeças das pessoas se viraram para observar quando o ruivo saltou até Harry e jogou um braço em volta dele do lado oposto ao de Draco. “Tire uma foto, Creevey”, ele exigiu.

“Não vou distribuir fotos autografadas!” Harry sibilou, empurrando Ron e Draco para longe dele. Ele fixou os dois com um olhar furioso e estreitou os olhos para Colin. "Vá embora. Não vou tirar foto com...”

Harry congelou no meio da frase. O diário em seu bolso estava praticamente zumbindo, e Harry sentiu a magia negra que o cercava vibrar no ritmo de seu coração. Ele olhou para cima, com os olhos arregalados e animado, procurando por um Comensal da Morte ou pelo próprio Lorde das Trevas, mas tudo o que conseguiu ver foi o Professor Lockhart caminhando sem pressa em direção ao grupo. Harry observou o cabelo dourado e as feições perfeitamente esculpidas e suspirou, imaginando como o homem realmente seria.

“Potter, o que é isso de fotos autografadas?” O homem loiro perguntou, sorrindo amplamente o suficiente para mostrar os dentes.