Capítulo 30

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Gente, eu não aguento mais o Harry fascinado por esse diário, acho que vocês sentem o mesmo, né? Pq pelo amor de deus, que bagulho chatoo, eu sinto falta das interações do Harry com o Lúcio.

Palavras: 4.078
10 de maio de 1993.

Harry não conseguiu encontrar a entrada da Câmara Secreta. Ele pesquisou todas as anotações de Hermione, faltou às aulas para poder reler os livros que ele e Hermione usaram ao longo do ano para pesquisar na Câmara, e até perguntou aos professores. Mas nada nem ninguém parecia saber onde ficava a Câmara. Exceto Voldemort, mas Harry não tinha certeza se era seguro perguntar a ele. Havia Tom, mas Tom se recusou completamente a falar com ele quando percebeu que Harry estava com raiva dele. Claro que ele estava com raiva! Tom havia sequestrado seu melhor amigo, seu futuro genro; o menino era praticamente seu irmão, e agora estava deitado na Câmara suja e úmida e Harry não sabia se havia alguma maneira de recuperá-lo.

Se você quisesse conversar, deveria ter me dito onde fica a entrada! Harry escreveu com raiva. Ele fechou o diário, sabendo que Tom estava muito ocupado e de mau humor para responder, e jogou-o longe dele. Horcrux ou não, ele não se importava com o que aconteceria com o diário agora. Ele tinha outras coisas com que se preocupar, coisas mais urgentes com que se preocupar.

Lucius e Narcissa foram convocados para a escola. Afinal, Draco estava desaparecido há quase dois dias, e não era como se Harry pudesse dizer aos professores, “ah, não se preocupem com Draco, ele está seguro. Ele está apenas relaxando na Câmara da Sonserina com o próprio herdeiro. Ele está rindo direito. Ele não podia mostrar-lhes o diário, porque provavelmente o prenderia, e ele não tinha nenhuma outra prova. Mas ele poderia contar a Lucius, apenas... isso teria o efeito de deixar o loiro desconfiado de seu Senhor, e Harry não queria isso. Não era como se a obsessão de Tom fosse culpa de Voldemort. Afinal, Voldemort tentou avisá-lo depois daquela partida de quadribol! Isso era culpa de Harry, e por mais covarde que fosse, Harry não queria que Lucius soubesse disso e o odiasse por isso. Então, até encontrarem Draco, seus pais estariam em Hogwarts, e Harry teria que evitá-los completamente enquanto tentava encontrar a Câmara Secreta.

Que moleza, pensou ele, passando a mão pelo rosto, cansado.

“Você vai devolver o diário!” Uma voz guinchou atrás de uma estante de livros.

Harry olhou ao redor da biblioteca abandonada. Estava escuro e não havia ninguém lá, nem mesmo Madame Pince. Ele puxou a capa dos ombros, revelando-se completamente e estreitou os olhos.

“Flut?” Ele perguntou suavemente, e com certeza o vingativo elfo doméstico escapou das sombras. “Você sabe onde está seu mestre?” O elfo assentiu. “Ele está na Câmara?” Harry mordeu o lábio, sabendo que era um exagero presumir que o elfo doméstico estava trabalhando para trazer Tom de volta, em vez de mantê-lo no diário. Deveria ter sido a mesma agenda de Voldemort, mas ultimamente sempre que Harry via o homem ele parecia insinuar, pelo menos, que Tom estaria melhor longe deles, no diário, escondido e preso em segurança.

Quando o elfo doméstico assentiu novamente, a respiração de Harry ficou presa na garganta. Claro, o elfo queria pegar o diário de Harry, para entregá-lo a alguém que Voldemort não gostava, para que Tom pudesse se alimentar deles e escapar de sua prisão. Apesar do fato de Voldemort ter permitido que ele pegasse o diário, até sugerido, o que preocupou Harry, o elfo acreditava que ele havia roubado do Lorde das Trevas. Ele tentou várias vezes punir Harry por isso. Mas Harry tirou isso da cabeça, isso não importava mais, não importaria, não se Flut fizesse o que ele queria agora.

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