Borboleta

Capítulo 22

Palavras: 3.965
11 de agosto de 1992.

Eles deviam estar na metade do caminho quando a primeira pessoa desceu do ônibus. Mais três embarcaram, então tiveram que esperar um pouco para que todos pudessem pagar e encontrar seus lugares.

“É onde Theo realmente mora?” Harry finalmente perguntou com a voz ofegante de surpresa.

"Bem, claro! Você acha que a traição do pai dele ao Lorde das Trevas foi a única razão pela qual pensamos nele como um traidor? Draco zombou. “Imagine viver completamente cercado por trouxas!” Harry tossiu e Draco revirou os olhos para ele. “Bem, você não tem escolha, não é? Mas Theaodore Nott não precisou aceitar o cargo! Aparentemente, sua esposa era de Canterbury, então eles se mudaram para lá quando o Ministério lhe ofereceu o emprego. Na verdade, ele é formado em Religião por um,” Draco lançou um olhar discreto ao redor do ônibus, certificando-se de que ninguém importante estava viajando com eles, e então disse, “ Universidade Trouxa ! Uma escola trouxa, Harry! Formado em religião trouxa, o que ele estava pensando? É tão ruim quanto levar os Estudos dos Trouxas ao nível NIEM! O loiro zombou sombriamente do pensamento.

"Você acha que isso tem alguma coisa a ver com o motivo pelo qual o Lorde das Trevas não resgatou sua esposa para ele?" Harry perguntou curioso. Sempre foi uma boa ideia lembrar pequenos fatos como este; ajudou a colocar o personagem de Voldemort em perspectiva.

“Bem, ele fez isso, não foi? Mas Theaodore não esperaria o suficiente! Traidor,” Draco murmurou, seu rosto vermelho de raiva. “Meu pai nunca mencionou nada sobre o Lorde das Trevas não gostar da educação de Nott. Pelo menos ele era educado, suponho, mas nenhum dos outros adquiriu o hábito de manter em silêncio sua antipatia. Acho que, se alguns dos outros conseguissem o que queriam, Theaodore estaria morto e não sua esposa.

"Então ele não é popular", disse Harry para si mesmo, "não será muito difícil, então, tirar Theo de sua custódia?"

As sobrancelhas de Draco franziram e ele franziu a testa ligeiramente. "Por que? Duvido que Rosier o adote de qualquer maneira! O homem mal suporta me ter por perto sem o pai por perto, e somos amigos há anos!” Draco deu uma risada, sorrindo agora. “Por que ele iria querer outro filho por perto, Harry? Ele não é conhecido por ser uma pessoa paternal!”

Harry olhou para ele com curiosidade, pensando nas palavras, mas não falou. Ele conversaria com Evan e Lucius sobre isso mais tarde, depois que descobrissem a verdade sobre a vida doméstica de Theo. Lucius sempre foi gentil com as crianças, mesmo com as trouxas que foram sequestradas em ataques. Ele não os machucou, mas também não os salvou. Embora desta vez fosse uma criança bruxa em jogo, então talvez Lucius estivesse mais aberto à ideia? Certamente havia algum tipo de sistema de proteção infantil no Mundo Mágico? Alguém teria que ajudar Theodore.

Eles passaram o resto da viagem de ônibus sentados em silêncio, ambos olhando pelas janelas opostas. As árvores se confundiam enquanto eles passavam, e Harry sentiu algo se enrolando e desenrolando em seu estômago e percebeu que era nervosismo. Ele estava nervoso, e com razão. O que eles estavam pensando? Apenas aparecer fora do Palácio de Lambeth e esperar ser considerado uma ameaça séria já era uma ideia ridícula. Mas não havia como voltar atrás agora. Ele e Draco teriam apenas que enfrentar a situação de frente, e torcer para que o Comensal da Morte que eles planejavam acusar de abuso infantil fosse cauteloso o suficiente com Lorde Malfoy para não matar nenhum deles imediatamente.