39- Emma

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Hoje é sábado. Não um sábado qualquer. Estive esperando ansiosamente por esse dia a semana toda. Sabe o motivo? É dia de acampamento. E ainda melhora. Minha família toda vai, como nos velhos tempos. E quando eu digo família eu me refiro ao meu pai, minha mãe, minha avó, Joshua e... Saya.

Felizmente o médico de Saya disse que ela já está totalmente recuperada e liberada para fazer qualquer tipo de atividade, então isso quer dizer que ela vai conosco.

Logo cedo ela aparece em minha casa vestida com sua tradicional calça de ioga e uma camiseta daquelas que se usam normalmente em academia. Em qualquer outra pessoa essa combinação teria ficado ruim, mas não em Saya. Seu sorriso quente como o Sol e o cabelo azul como o céu deixam tudo perfeito.

-Anda logo Emma!- Grita meu pai do lado de fora com as coisas no carro pronto para ir- Só falta você.

Dou uma última borrifada de perfume, ajeito o cabelo e visto a jaqueta o mais rápido possível. Saya me espera de pé ao lado do carro com a porta aberta e um sorriso. Passo a chave na porta da frente e corro em sua direção. Antes de entrar no carro seguro seu rosto entre as mãos e a beijo nos lábios.

-Você está linda.

O caminho até a trilha é animada, cheia de conversa, risada e histórias. Em pouco tempo já estávamos no meio do mato onde é possível respirar o ar fresco sem poluição, longe das cidades. Percorremos o mesmo caminho de sempre, passando pelas mesmas árvores e plantas e com o sol brilhando acima de nós.

Todas as sensações e risadas foram inesquecíveis. Mas nada se compara ao que eu senti quando, na companhia de Saya, subimos o morro florido e nos sentamos para observar o fim de tarde enquanto meus pais preparavam o jantar.

Naquele dia o céu estava mais bonito do que nunca com tons de rosa, laranja, amarelo e algumas pinceladas de roxo. Tudo parecia ter sido cuidadosamente planejado para causar harmonia entre as cores. Concluo que o céu foi pintado exclusivamente para nós, já que teríamos uma visão privilegiada e uma bela companhia.

Eu e Saya sorriamos uma para outra enquanto éramos banhadas pelo por do sol deitadas naquele mar de florzinhas. O vento era mais forte lá em cima, balançando nossas vestes e cabelo.

Meu pai nos chama lá de baixo, a voz misturada ao vento. Levantamos e sacudimos a poeira da roupa.

Ela olha para mim.

Eu olho para ela.

Entrelaço minha mão na dela e aperto com delicadeza. Então descemos o morro banhadas pelo pôr do sol das mais variadas cores. Rosa, roxo, laranja, amarelo... Todos os tons que faziam meu coração bater mais forte.


.•*¨*•.¸¸♪ Fim ♪¸¸.•*¨*•.

Os tons de rosa do meu arco-íris Onde histórias criam vida. Descubra agora