Os pais de Emma estão sempre trabalhando e mesmo assim a grana vive curta. Por isso, a garota é obrigada a se mudar para um colégio público onde conhece Saya, uma garota que vive na sombra dos amigos e que sente a necessidade de falar com Emma assim...
A pétala é delicada e pequena. Não faço ideia como uma simples linha pode virar uma coisa tão perfeita como essa. Meus dedos deslizam novamente para os ramos verdes e acompanham suas voltas e folhas verdes. Aquilo tudo foi feito pela mão de Emma. Caramba, que talento.
-O que é isso?
Saio do meu transe.
-Susie!
Sinto-me como se estivesse submersa por algumas horas. Lá fora, pela tela da janela, o céu está ficando escuro. Não faço ideia a quanto tempo estou olhando para o bordado.
-Está com a cabeça na maionese?- Pergunta ela se jogando ao meu lado na cama.
-Quem te deu autorização para entrar?
-A porta estava encostada- Ela diz fazendo bico.
-Não importa- Digo e volto a passar o dedo por uma pequena flor rosa.
-O que é isso? Você não me respondeu.
-É um bordado. Ganhei de uma amiga- Imediatamente sinto minhas bochechas corarem.
-Aquela que vimos na praça hoje? Ela é diferente.
-Só por causa do cabelo? Susie, não se pode definir uma pessoa pelo seu cabelo. Se você tivesse conversado com ela, saberia que é ótima.
Lembro-me de quando Emma pisou dentro da nossa sala de aula pela primeira vez. Matias foi tão idiota ao dizer aquelas palavras. Sinto ódio e arrependimento ao mesmo tempo. Eu não deveria ter cogitado em pensar que ela era esquisita.
-Agora saia do meu quarto pequena Susie- Faço cosquinhas nela e a empurro para fora da cama- Fecha a porta ao sair.
-Está bem. Está bem. Vou te deixar a sós com seus pensamentos românticos.
-Susie! - Ela fecha a porta quando grito seu nome- Eu não estou apaixonada!
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