31 ➨ There's No Music On

173 13 1
                                    

[4/?]

(Marília's POV)

Caminhava até a sala de Mai em silêncio, enquanto rolava o dedo pela tela do meu celular, afim de encontrar algo útil na rede social que estava navegando, mas quem disse que encontrava?

Não vou negar que um ar de saudade e nostalgia veio até mim, quando vi a foto de Henrique surfando com Maraisa. Eu sentia tanta falta de surfar.

Até mesmo quando morava no Brasil, não pude fazê-lo muito, pois a maior parte do meu tempo, era em um quarto de hospital.

- Lila - o tom melodioso de Luísa entrou em meus ouvidos, e só quando a olhei, encontrei seu sorriso radiante.

Só eu já notei o que havia acontecido?

- Bom dia. - sorri, cumprimentando-a com um abraço de lado. Estávamos chegando na clínica agora, para começar o expediente, então, vê-la tão feliz, era um sinal de que a noite foi boa. Não há outra explicação além dessa. Quem fica feliz vindo trabalhar oito da manhã?

- Bom dia! - eu não disse?

Negando com a cabeça, e com um sorrisinho reinando nos lábios, abri a porta da sala de Mai. A mesma estava sentada em sua cadeira, em frente à grande mesa, digitando algo no Notebook. Não demorou muito para que ela nos olhasse, e desse um sorriso ao nos ver.

- Bom dia, meninas! - cumprimentou-nos, levantando-se da cadeira para que pudesse nos abraçar. Típico cumprimento rotineiro de Maiara Carla.

- Bom dia! - meu tom era normal, ao contrário da morena ao nosso lado, que sorria, enquanto brincava com as pulseiras em seu pulso.

- Esse sorriso aí tem nome e sobrenome? - a morena perguntou, olhando especificamente para Lu, que havia ficado vermelha instantaneamente.

- Bom...

- Claramente tem! - respondi pela mesma, que me fuzilou. Dei de ombros, jogando-me em uma das cadeiras em frente à de Maiara, ainda fuçando em meu celular.

- Não tinha dúvidas disso. - Mai acompanhou-me, também retornando à se sentar na cadeira confortável, comendo alguns salgadinhos que estavam ali em cima; logicamente ela nos ofereceu, e eu aceitei, enquanto Lu negou. - Vai, desembucha, conta tudo pra gente!

- E por que pensam que houve algo?

- Diz logo o que o Luan fez! - Mai tinha o tom impaciente, e eu ri, negando com a cabeça.

- Você é sempre tão impaciente assim?

- Todos os dias da vida dela. - respondi pela italiana. Mentindo eu não estava.

- Vocês duas se unem para falar mal de mim, hein! Mas eu sei que vocês não viriam sem. - Mai, modesta como sempre, disse. Os cabelos foram jogados para trás, e um sorriso convencido abriu em seus lábios.

Luísa e eu nos entreolhamos. Bom, se ela queria acreditar nisso, que acredite.

- Enfim... - Lu iniciou o diálogo, deixando um suspiro soltar pelos lábios - Ontem à noite, ele se ofereceu para me levar até em casa.

Deixei o meu celular de lado, para que pudesse prestar atenção em suas palavras.

Maiara já estava prestando atenção desde o início, então, se apoiava nas mãos, com a expressão mais boba e apaixonada existente, demonstrando diferentes expressões, para cada palavra que Luísa dizia.

- E aí? - quem fez a pergunta fui eu, dessa vez. Pois Lu resolveu prestar atenção nas carretas de Maiara, e não em se focar para contar o que aconteceu.

Flashlight ● adaptação MuriliaOnde histórias criam vida. Descubra agora