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Dois meses depois
(Marília's POV)
- Definitivamente, esse vestido não.
Escutamos as mesmas palavras que recebemos quando a italiana experimentou o vestido anterior, e não estávamos surpresas com as mesmas. Maiara estava absorta em pensamentos sobre o fato de se casar, e queria achar o vestido perfeito. E, bom, não a julgo.
Luísa, tia Almira e eu, trocamos um olhar significativo, não resistindo em cairmos na gargalhada a seguir, o que fez com que a expressão carrancuda no rosto de Maiara aumentasse.
De fato, e sem dúvidas, aquele vestido não é para ela. Sem contar que, não era do seu tamanho, e havia pano demais, fora o decote horroroso na parte da frente.
- Esse vestido é horrível. Pode ir trocar, não vamos nem responder - sua mãe logo tratou de respondê-la, e concordamos com o que ela dizia.
Retornei o olhar à revista que lia, sobre maternidade. Ao menos sabia o motivo de escolher justo essa, mas fora quase inevitável.
Luísa respondia à alguma mensagem de Luan pelo celular, já que o sorrisinho bobo brincava em seu rosto.
A verdade é que ninguém entendia o que tinham. Estavam nessa de ficarem, sem um relacionamento sério, porém, não ficavam com outras pessoas, e estavam quase todos os dias na casa um do outro.
Sempre demos os melhores conselhos em relação ao que ela estava vivendo com o argentino, porém, ela sempre nos confirma que preferem as coisas assim, da maneira que estão, e bom, quem sou eu para julgá-la?
Até que para a tarde de um domingo, estávamos nos divertindo. A cada dia mais, aproximava-se do casamento de Maiara e Gustavo, e estávamos a todo vapor para os preparativos. A italiana só faltava infartar de ansiedade, e o argentino não estava diferente.
Mais uma das coisas que podíamos ir riscando da lista grande, era a prova dos vestidos, já que Luísa e eu fomos premiadas a uma tarde inteira ajudando Maiara com a escolha.
Já inteirava seis vestidos desde o primeiro que ela havia experimentado, mas acontece que nada nos agradava.
Nada parecia, bem... Maiara.
Tia Almira, mãe da Maiara, também veio, e bom, foi aí que descobrimos onde a nossa italiana havia puxado o comportamento e jeito de agir.
Ela era muito divertida, e a cada vestido bizarro que Mai aparecia usando, era uma piada à mais.
Meu celular apitou, avisando novas mensagens, e eu suspirei, antes de pegá-lo no bolso do short jeans. Era uma mensagem de Murilo, então, não tardei em respondê-la.
"Marcela e eu estamos saindo do supermercado. Quer alguma coisa daqui?"
Primeiramente, eu queria agradecer a Deus por ter um namorado tão maravilhoso, e respondi, com uma expressão manhosa, esperando que ele aceitasse, que não iria reclamar caso ele quisesse me comprar algum doce.
Ultimamente, Murilo tem sido o meu porto seguro. Não que ele não fosse antes, porém, o apoio que ele tem me dado nesses últimos meses, tem sido necessário e reconfortante.
Não estava sendo nada fácil esses meses, na verdade, estava quase impossível encontrar um dia em que eu me sentisse cem por cento bem com tudo que está me acontecendo nas semanas.
Chegar na clínica e não ver Amber, é como se tivéssemos perdido uma das partes mais importantes daquele lugar, e está cada dia mais sufocante. Sem levar em conta que todos nós sentíamos sua falta. Incluindo as crianças, que sempre perguntavam sobre ela, e por não sabermos como, não contávamos o que havia acontecido realmente.
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Flashlight ● adaptação Murilia
Romance⚠️ATENÇÃO: esta história é uma adaptação!⚠️ Uma proposta irrecusável para salvar a vida de seu irmão é o suficiente para que Marília Mendonça, uma fotógrafa destemida, conheça Murilo Huff, um jovem policial que teve seu coração partido inúmeras veze...