11 ➨ Hold Me Love Me Touch Me

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Cenas para maiores de dezoito anos estarão em itálico para quem não se sentir confortável, não haverá mudanças no decorrer da história caso pule.

(Marília's POV)

Esperar Murilo estava sendo um pouco desconfortável, por mais que eu estivesse deitada no colchão macio e um cobertor de pelinhos cobria meu corpo aquecendo-me do frio de Buenos Aires. Eu sentia vontade de dizer tanta coisa pra ele, mas não sei se esse é o momento certo. Nem eu mesma sei o que está acontecendo comigo. Durante boa parte da minha vida, eu não tive tempo nem sequer de ir ao banheiro, passei o maior tempo no hospital com João e o resto do tempo, cuidando da minha mãe que se afundava no álcool após o abandono do meu pai. Eu havia namorado apenas uma vez em toda minha vida, e foi com o cara que eu perdi o bv, quando eu tinha onze anos. Se aquilo puder ser considerado um namoro. Murilo me faz sentir coisas incríveis que eu nunca tinha sentido, ele me encanta de uma maneira extraordinária e seus olhos me fascinaram desde o momento em que o vi pela primeira vez nesse prédio. Fora que a filha dele é a criança mais doce e adorável que já conheci, depois do João, claro. Só sei que tudo parece difícil demais. Murilo perdeu a mulher que amava a menos de três anos, e eu imagino o quanto deve ser difícil perder alguém que se ama, ainda mais quando se tem um filho com a pessoa.

Batucava meus dedos em minhas coxas, encarando os porta-retratos na estante com fotos diferenciadas. Mordi o lábio inferior quando escutei passos, sentindo meu coração disparar em questão de segundos quando seu perfume adocicou o ambiente.

- Enfim estou de volta! Demorei mais do que o esperado, porque ela acordou e eu tive que contar uma história para que ela pudesse dormir. - a voz e a risada de Murilo chegaram aos meus ouvidos, fechei os olhos com a sensação de arrepio que percorreu minha espinha.

- Por isso que demorou então. - soltei uma risada sem graça, me encolhendo no colchão quando ele se jogou ao meu lado.

- Sim... - ele se apoiou no cotovelo, enquanto seu olhar queimava em meu rosto, deixando-me desconcertada.

- Você trata a Marcela tão bem... ela tem sorte. - puxei um assunto, ainda envergonhada sobre o seu olhar, recordando-me que eu não tinha um pai assim tão carinhoso, nem sequer me lembrava do meu pai em casa.

- Ela merece. - ele disse, e eu me virei para olhá-lo, mantendo meu olhar em seu rosto esculpido pelos deuses, que é simplesmente perfeito. Ele de perfil conseguia ficar ainda mais bonito. Não desviei meu olhar do seu quando o mesmo encontrou o meu, apenas observei a maneira como ele umedeceu os lábios, sentindo uma sensação estranha percorrer meu corpo.

Quando vi, já havia respondido a primeira coisa que se passou em minha cabeça.

- E eu, o que eu mereço? - percebi os seus olhos castanhos se escurecerem um pouco com minha fala e eu prendi o lábio inferior com os dentes.

(Narrador's POV)

Não eram só os lábios dela que pareciam tão atraentes aos olhos de Huff, tinha também o corpo dela, que parecia tão macio e quente ao lado dele. Foi inevitável não puxá-la para que pudesse sentir o gosto dela mais uma vez, como se ele nunca fosse se cansar daquilo, nem em mil anos. Seus lábios trabalhavam de maneira vigorosa contra os lábios dela, provando o gosto um do outro mais uma vez. Marília puxava os cabelos de Huff, querendo aproveitar cada segundinho da sensação gostosa que ela sentia quando estava com o mesmo. Ele, por sua vez, passeava com sua mão pela lateral do corpo da mulher, almejando ela para si, não resistindo em apertar firme sua coxa descoberta, por usar apenas uma saia jeans. Não pôde se controlar ao puxar as pernas de Marília para que ela sentasse em seu colo, com uma perna em cada lado de seu corpo. Marília sentia suas bochechas esquentarem, junto ao seu corpo, que parecia estar em chamas, e Murilo não estava diferente.

Flashlight ● adaptação MuriliaOnde histórias criam vida. Descubra agora