O último demônio • Armyotaku (Concluída)

capítulo8_Meia-noite

O estômago do de longos cabelos outra vez reclamava de fome e sabia o que isso quer dizer. Odiava caçar, mas não tinha escolha, por isso abriu a porta da cabana vendo a escura e solitária floresta noturna.

Deu alguns passos para fora, logo ouvindo vozes não muito longe, mais por conta de sua audição apurada parecia que a conversa das duas pessoas era ao seu lado. Sentiu suas pressas ansiando para serem utilizadas, passando a língua sobre elas antes de ir na direção das vozes como um raio.

Demorou apenas alguns segundos para estar já a observar suas presas de cima de uma árvore com seus brilhosos olhos preparados para o escuro os vendo perfeitamente, eram dois homens carregando um animal morto em seus ombros, e ambos usavam aquelas máscaras de sempre.

- A gente devia ter voltado antes do por do sol! Não acha? - perguntou um deles, parecendo temeroso a sentir uma estranha sensação de estar sendo observado.

- E voltar para casa com as mãos vazias?! - deu uma grande gargalhada - jamais amigo - o homem carregava um rifle em suas mãos, enquanto seu parceiro a caça recém pega em seus ombros.

O demônio rapidamente aproveitou a oportunidade deles estarem distraídos para se aproximar, pulando silenciosamente da árvore para esconder-se nas sombras, antes de um deles se virar e passar alguns segundos olhando para o local onde estava antes.

- Isso é sério! Estou com um mau pressentimento!! Você não ouviu que existem criaturas neste bosque?! - falou para o amigo que não deu muita importância as suas palavras.

- E você acredita nessas baboseiras? São apenas histórias, ahh!!! - o homem gritou ao ver uma sombra passando tão rápido em meio a eles, que foi impossível distingui-la nitidamente.

A única coisa que viu foram seus olhos luminosos na escuridão.

- Eu falei!!! Tem algo aqui!! - disse o outro desesperado.

- Não importa! Seja lá o que for vai morrer agora! - apontou o rifle para o par de pedras brilhantes escondidas no breu.

Porém elas pareciam não ter medo de si.

No entanto o homem não teve piedade ao disparar várias vezes contra a criatura até que suas balas acabassem e não visse mais os brilhos em meio a floresta. Sorriu vitorioso pensando ter acabado com o monstro misterioso quando de repente algo se atira em si como um animal selvagem, jogando-o ao chão o desacordando de imediato.

O outro homem apavorado com o que via sem pensar duas vezes largou o animal que carregava no chão e correu para longe. Como pode ser? O que os atacou possuía chifres e presas, cabelos escuros compridos e um olhar morto que brilhava na escuridão, com um rosto conhecido por todos os ferreiros, não era possível.

Tropeçava correndo floresta a dentro sem direção, imaginando estar longe da criatura, quando ainda a correr virou rapidamente para trás afim de averiguar, e entrou em pânico ao ver aquele ser tão estranho e ao mesmo tempo conhecido correr até si usando os quatro membros como os animais selvagens, em seguida pulando pegando impulso em uma árvore para escurecer sua visão também.

- T-Tokito-dono? - foi o que disse com parte de sua máscara quebrada antes de desmaiar. o Tokito suspirou fundo impaciente, pois mais um havia visto seu rosto, sorte que sempre conseguia capturar a todos.

Pondo-se de pé uma densa névoa começou a cobrir toda a paisagem em volta do de chifres, logo aparecendo em seu corpo sua marca do caçador que sempre se fazia presente toda vez que usava sua arte demoníaca de sangue.

Havia aprendido alguns truques interessantes durante os últimos dois anos, e alguns deles o ajudavam a caçar e ao mesmo tempo manter sua identidade em secreto, a neblina que partia do oni e se espalhava dançando por todo o local era um desses truques.