E se Muichiro Tokito tivesse um destino diferente, o que aconteceria se ele passasse de caçador para oni na luta que deveria levá-lo a morte? Tornando-se assim o último demônio.
O pequeno ferreiro andava pelo caminho luminoso ainda com Ginko desacordada. Olhando em volta imaginou o trabalho, tempo e energia que o oni gastou para construí-lo, e era lindo, sentia como se estivesse caminhando em um cenário de contos-de-fadas, onde coisas inanimadas falam e brilham.
Mas a beleza do local não consumia toda a tristeza do garoto, sim sabia que logo Tokito tratará de retornar, e era isso o que lhe consolava. Porém ficar longe dele fazia seu coração pulsar dolorido, isso soava meloso e chato demais para si, mas o que pode fazer se é a mais pura verdade?
Seu espírito chamava "Tokito-san! Tokito-san!" a todo momento, fazendo-o pensar nele, era impossível mantê-lo quieto.
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- O encontraram?! - perguntou Kanamori para as duas garotas, em busca de boas notícias.
- Nada ainda, temos que torcer para que ele não tenha saído da aldeia - falou Kanao, fazendo o homem abaixar a cabeça em angústia, só em imaginar seu pequeno garoto por aí enquanto tem um oni a solta pelas redondezas.
Todos estavam preocupados com o garoto sem saber mais onde procurar, pois já haviam ido a casa de seus amigos e até averiguaram a ferraria de Haganezuka, porém ele não estava em nenhum desses lugares, estavam quase sem esperanças procurando pensar em outro local na vila onde o garoto poderia estar, quando ouviram alguns toques na porta.
- Eu atendo - rapidamente Tanjiro vai até a porta atendê-la, achando ser senhor Haganezuka que havia se oferecido para também ajudar nas buscas. No entanto surpreendeu-se ao abri-la e ficar frente a frente com o desaparecido, carregando Ginko desacordada nos braços, parecendo não ter ciência da confusão que havia causado.
- Ko-Kotetsu-kun!!! - com os olhos marejados o Kamado abraça o menor chegando até a ergue-lo do chão, pois encontrava-se mergulhando em alívio, nunca se perdoaria se o mesmo fosse atacado por culpa de um problema que ele deveria ter resolvido a tempos.
Ouvindo as palavras do ex-caçador todos da casa se põem atentos e vão depressa para a porta encontrar com o garoto, também se lançando sobre ele com abraços esmagadores e palavras de repreensão, alívio e outras coisas que o menor não conseguiu decifrar, por estar atordoado em meio a tantas pessoas e pela mistura das vozes que as deixavam incompreensíveis.
- Garoto Kotetsu!! Onde... Onde estava?! Quase que me mata de preocupação!! - disse sua figura paterna com aflição e uma pitada enfurecimento em sua voz, enquanto se afastava de um abraço para agarrar seu trabalhoso filho adotivo pelos ombros.
- Eu.... - Pensou por alguns segundos sem saber o que falar, passando a visão por todos na sala que o olhavam esperando uma resposta, parando ao ver os três ex-caçadores - eu estava.. no bosque, queria ajudar a capturar a criatura, todavia como sei que não me deixaria ir, fugi pela janela, sinto muito Kanamori-san.
Curvou-se em sinônimo de perdão para todos alí, que suspiraram mais uma vez dando graças pelo mais novo estar bem. Senhor Kozo também aquietou sua aflição abraçando mais uma vez o menor, perguntando-se o que estaria acontecendo com ele, pois sim, Kotetsu podia ser uma criança difícil, entretanto nunca havia feito algo similar antes, não sabia que cuidar de um jovem adolescente lhe traria tantas dores de cabeça.
