O fruto sagrado

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Os passos ecoavam sobre o piso de madeira velha e rangente, a pouco luz iluminava o corredor daquela prisão.

Os poucos residentes ali se afastavam diante da sua presença. Se encolhiam no fundo escuro,úmido e sombrio! As costas marcadas e nuas tocavam os tijolos vermelhos e arranhados pelo desespero de muitos que antes habitaram aquele local...

O cheiro peculiar de urina e bosta de morcegos que muitas vezes conseguiam entrar pelas grades quando as portas eram abertas e faziam da celas seus lares e os residentes seus companheiros ...

Os passos firmes e contínuos pelas botas grossas de couro ,mostravam que ele não estava de bom humor ,para descer do alto escalão para a residencias de criaturas que para si era de baixo nivel...minhocas...meros vermes que ousaram enfrentar sua linhagem, sua familia...acabaram ali!

Em pouco segundos alcançou o final do corredor, a última cela era dela...a garota que ria ao ouvir a respiração daquele que lhe tirou tudo!

_hahahahha...

A risada foi baixa, fraca pelas cordas danificadas pelos atos brutais .

Mesmo assim capazes de chegar aos ouvidos de seu carrasco particular!

Ele nada disse, esperou apenas até que ela se erguesse daquele chão. Não havia camas ali, afinal eles estavam presos e não num spa para receber tanta mordomia!

Ela cessou a risada fraca dando passagem a tosse seca, os pulsos feridos deslizaram sobre os lábios secos e machucados, alguns fios negros ainda existiam ali, provas da raiva que ele sentia ao ouvir gritos.

_quando me foi tirado a minhas asas _ela disse _ a minha graça foi tomada para eu me tornar uma recipiente..._ela cuspiu no chão _ um espelho do que esta por vir..._ os dedos ou o que sobraram ali em suas mãos se ergueram _ então eu ouço um sino..um tilintar...irritante na..na minha cabeça hahaha..._ ela aproximava a cegas das barras grossas de ferro _eu vi...eu vi o que mais ama...ò filho da morte...descendente dos sangues sugas..._e quando seu rosto bateu ali ela tentou tocar-lhe _ eu vi o corpo daquele que amas ser mutilado...o sangue jorrado no chão e lamacento não era poupado pelas línguas sedentas...eu vi a morte..._a língua partida e arocheada passava pelos lábios _ chegar....no festival de carne...quando a sétima lua brilhar no céu! Você perderá tudo...Sabaku no Gaara....

O corpo do homem ali a sua frente se móvel, os passos foram firmes até o meio daquele corredor, quando um servo lhe perguntou....

_mestre?

_matea_ foi tudo o que disse com a voz rouca e os olhos antes esverdeados num vermelho sangue que ultrapassava a iris...e pintava toda a retina.

O corpo forte trajado de uma camisa branca de seda com um dos botões abertos revelavam o peitoral firme.

As calças de couro lhe contornaram as colchas grossas, dando maior visão ao sexo nada pequeno.

A pura visão de homem! Forte, lindo, cabelos vermelhos e arrepiados, cavanhaque perfeito...rico...

Mal...

.-.

Ele saiu daquele buraco, subindo rapidamente em seu cavalo.

_senhor, não deveria voltar para casa??_um dos guardas alertou, sobre a presença de lobos , inimigos naturais próximos na cidade a qual estava passando o tempo.