FINALIZADA. NÃO ACEITO MAIS PEDIDOS.
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Ficou uma bosta? Ficou, mas a gente supera isso juntos.
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Buscamos constantemente pela perfeição, tanto, que, quando não a alcançamos, ficamos frustrados. Lutamos para ter ela, querendo sempre manter a melhor aparência, as melhores opções, lugares, resultados...não obter nada disso é o puro fracasso.
É realmente frustrante quando lutamos para sermos o melhor em algo e, bum, chega alguém e rouba isso de você, você perde tudo, você se torna o fracasso. Era assim que você se sentia agora, teve seu lugar como o melhor da turma roubado. Você dedicou anos da sua vida as suas pinturas, sempre se esforçou ao máximo, mas alguém apareceu e roubou seu lugar, mesmo assim, você não sentia raiva da pessoa, apenas de si mesmo, se culpando por não ter sido bom o suficiente, não ter se esforçado o suficiente para manter sua posição.
Querendo chorar mas sem que ninguém visse, você pegou seu estojo de pintura e seu cavalete, seu quadro e foi para longe de seus colegas, até uma praia próxima onde você sempre ia, sentando no chão, você só jogou suas coisas de lado. Sentindo o peso da derrota, você olhou para o horizonte, onde as ondas quebravam suavemente. As cores do entardecer refletiam na água, criando um cenário que contrastava com a turbulência interior. Frustrado, você pegou um dos seus potes de tinta e jogou para longe, em seguida pegou outro e jogou de novo, os jogando para dentro da água, quando pegou o terceiro, acabou errando e jogou um pouco mais para a arreia, e então, escutou um grito de dor.
Confuso, você se aproxima da fonte de voz, atrás de uma pedras havia um garoto sentado, entre suas pernas estava um capacete de mergulhador e eles esfregava sua cabeça.
— Ei.— Você chama a atenção dele, o garoto olha para cima um pouco assustado, seus olhos azuis encontrando os seus. Ele esfrega a cabeça dolorida e você se sente um pouco culpado.— Desculpe por isso. Eu estava meio frustrado...e não pensei que acabaria acertando alguém, ne perdoe.
Você se ajoelha perto dele, pegando o pote de tinta caído na areia. O garoto, ainda se recuperando do susto, olha para o pote de tinta e depois para você.
— Sem problemas. — Ele diz, ainda olhando para você.— O que aconteceu para você estar com tanta raiva...?
Você suspira, sentindo a necessidade de desabafar.
— Perdi meu lugar como o melhor da turma, sabe? Dediquei anos à pintura, dei o meu melhor, mas alguém simplesmente tomou isso de mim. Agora me sinto um fracasso, culpando a mim mesmo por não ter sido suficientemente.— Você diz com raiva, sentando na arreia próximo a ele.
Ele fica sentado em silêncio, em saber o que dizer. O garoto olha para o horizonte por um momento, como se buscasse as palavras certas. Então, com empatia em seus olhos azuis, ele fala:
