Não tenho álibi, eu estava sozinho com o amor da minha vida
Jake Lawson, Golden Hour
O dia foi cheio, a avó de Bruna me ensinou receitas novas e me mostrou fotos de Bruna mais nova e seus pais. Para ser honesto, ela lembrava muito o pai. A festa havia sido adiada para o domingo, no caso, hoje já que era 02:24 da madrugada e eu ainda estava acordado.
Maldita soneca que tirei antes do jantar, eu deveria ter ouvido a minha mulher quando ela disse que eu não ia conseguir dormir depois. Me revirei na cama mais uma vez e um tanto quanto impaciente, me sento no colchão, me virando devagar para olhar para minha garota. Ela parecia um anjo descansando, parecia despreocupada e a expressão no seu rosto era serena, o que me arrancou um breve sorriso.
Bruna repousava tranquilamente na cama enquanto eu levantava bem devagar, com medo dela notar minha ausência. Eu havia me levantado algumas vezes mas só para ir ao banheiro e voltar, coisa bem rápida. Dessa vez, eu sai do quarto, na ponta dos pés para não acordar ninguém, com a exceção dos gatos que viviam ali na casa eu poderia dizer que fui bem sucedido na minha missão. Eram muitos olhos, todos vidrados em mim e brilhando no escuro e se eu tivesse qualquer probleminha cardíaco, eu tinha certeza que já teria batido as botas.
Entro na cozinha e acendo a luz do cômodo, me acostumando com a luz clara que logo preencheu o espaço. Eu havia - felizmente - feito amizade com a avó de Bruna e seu avô até me chamava de filho, deixando bem claro o quanto estava feliz pelo nosso relacionamento e que sabia que eu era uma boa pessoa. Não que eu esteja discordando dele mas não acredito que nenhum homem possa ser 100% bom, não existe isso.
Eu não sabia do que eu era capaz por Bruna mas eu tinha certeza de que se alguém fizesse algo a ela, eu passaria o resto da vida na cadeia e honestamente, eu não teria vergonha alguma disso.
Mas eu também não sabia do que Bruna era capaz por mim. Não sabia se os planos que eu tinha para mim cairiam bem para uma vida a dois mas eu estava disposto a aprimorar eles, nada no mundo era mais importante que ela.
Abro a geladeira, pegando o vaso com água e escuto um click soando baixinho, levantei o tronco e vi a porta do fundo aberta.
E lá estava ele. Theo. Arqueio uma das sobrancelhas, confuso e um tanto quanto surpreso com a sua cara de pau em aparecer no meio da noite. Eu tinha que admitir, ele não era um cara feio mas algo nele o deixava assustador, ele parecia uma casca vazia, não parecia humano. Ele acenou com a cabeça e tentou passar por mim.
- Aonde pensa que vai?
- Para o meu quarto, velhote, dá licença.
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Fantasize •° WAGNER MOURA °•
Lãng mạn✧*:.。. Aonde Bruna Caccini acaba de se mudar para um prédio em um bairro pitoresco na Bahia. Ansiosa pela experiência de morar sozinha pela primeira vez, tudo está maravilhosamente perfeito. Ou estaria, se não fosse aquele seu vizinho lindo, mas des...