✧*:.。. Aonde Bruna Caccini acaba de se mudar para um prédio em um bairro pitoresco na Bahia. Ansiosa pela experiência de morar sozinha pela primeira vez, tudo está maravilhosamente perfeito. Ou estaria, se não fosse aquele seu vizinho lindo, mas des...
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— Maluca! É isso que você é, uma maluca!
Me coloquei no meio dos dois e fui puxando Julia para trás, confusa com a situação que explodiu mais rápido que o esperado. Aliás, nada esperado, como diabos eu ia saber que eles se conheciam e o pior, aparentemente se odeiam? Sai puxando Julia para o quarto e vi Wagner levando o amigo para a varanda, conversando com ele.
Fechei a porta do quarto e olhei pra ela com um certo choque nos olhos, e talvez um pouco chateada, não queria que as coisas saíssem do planejado mas a preocupação com ela era maior.
— Que porra foi essa? Pode começar a se explicar.
— Esse... É complicado tá? — ela passou a mão pelas tranças recém feitas — Lembra do cara que eu te contei?
— Julia... Você fala de homem o 24 por 7, como quer que eu adivinhe assim sem nenhuma informação? — Ri meio descrente e cruzei os braços.
— É o do bar, lembra? Ele tava sozinho na mesa, eu me interessei e só me sentei na mesa com ele, o que levou um bolo, lembra?
Cerrei os olhos tentando puxar alguma informação com as características que ela passou. Homem, bar, sozinho, levou um toco... Neguei com a cabeça enquanto olhava para a minha amiga, esperando uma devida explicação para todo aquele alvoroço. Julia bufou impaciente enquanto
— Tá, a gente transou. Foi muito bom, não deveria, mas foi. Nós marcamos de nos ver outro dia e adivinha quem levou um bolo? Exatamente, euzinha aqui.
— E só por isso ele é babaca?
— Você não me deixa terminar de falar, sua puta, fica quieta! — ela revirou os olhos e se sentou na cama — Ele tá noivo. De outra.
Nessa hora minha boca formou um "O" certinho e agora sim eu havia entendido o por que do alvoroço. Xinguei baixinho enquanto me sentava, a fofoca era maior do que eu imaginava que seria, levei uma das mãos até a boca, ainda surpresa. Julia cruzou os braços e desviou os olhos de mim, claramente chateada com toda a situação, talvez não pelo fato de ter levado um bolo mas por ter sido a outra mulher, ela nunca se submeteria algo assim.
— Ai amiga... Eu sinto muito que você tenha passado por isso, de verdade...
— Tá tudo bem, eu que tenho que pedir desculpas por ter surtado, não quero estragar a sua noite com o Wagner.
Eu neguei com a cabeça e me aproximei dela, abraçando Julia com força e beijando o topo da sua cabeça. Já sabia que ela não tinha intenção nenhuma de estragar nada, agiu no impulso e tá tudo bem, quem nunca né?
— Relaxa gostosa... Vamos voltar, acha que pode tolerar a presença dele só até o final do jantar? — Questionei enquanto acariciava suas costas com carinho e via ela concordar com a cabeça — Então vamos voltar pra sala, minha panterona não se abala por causa de um machinho mentiroso e feio.