✧*:.｡. Aonde Bruna Caccini acaba de se mudar para um prédio em um bairro pitoresco na Bahia. Ansiosa pela experiência de morar sozinha pela primeira vez, tudo está maravilhosamente perfeito. Ou estaria, se não fosse aquele seu vizinho lindo, mas des...
"Eu posso sentir sua pressão arterial subir, foda-se essa tensão."
Melanie Martinez - Detention
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O caminho de volta para o apartamento só não foi completamente estranho por que Bruna tem uma capacidade de comunicativa absurda, ela transitava pelos assuntos com leveza e nunca eu me senti tão confortável conversando com alguém sobre como o processo para fazer um tipo específico de pão é divertido e estranho ou como cada pessoa tinha uma paleta específica e ficava mais atraente com cores específicas. Ela era uma verdadeira tagarela mas eu não estava nem um pouco incomodado, muito pelo contrário, ela me arrancava boas risadas e eu também estava falando demais.
Notei em um certo ponto da conversa que em momento algum ela tocou no assunto família, não falou sobre seus pais ou se sequer tinha irmãos ou primos próximos, não falou sobre nada relacionado ao tópico Família. Não pude evitar em ficar curioso mas eu me controlaria e se um dia ela se sentisse confortável ela poderia me falar sobre. Estacionei o carro na minha vaga e olhei para ela.
Seus olhos azuis pareciam sorrir levemente apesar da sia expressão estar neutra.
- Que foi?
- Você é casado?
Arqueei uma das sobrancelhas e ri baixinho, soltando meu cinto e arrumando meu corpo para dar atenção a ela.
- Não mas sou altamente elegível, o que me diz?
Ela sorriu largamente e apenas negou com a cabeça, saindo do carro com sua mochila nas costas.
O prédio não tinha nenhuma área de lazer mas o lobby foi arrumado por alguns moradores e adaptado para ser um ambiente acolhedor e bom para uma conversa entre amigos então o lugar tinha algumas poltronas espalhadas, uma prateleira com copos descartáveis e uma garrafa de café que mudava toda semana já que era tarefa semanal de cada um de nós moradores ajudarmos com uma garrafa de café, algumas senhoras até faziam biscoitinhos.
- Boa noite dona Ana, dona Marcia. - Bruna cumprimentou as irmãs do 203 enquanto passávamos por elas, eu reduzi meu cumprimento a um aceno de cabeça.
Eu deixei Bruna ir na frente mas no meio do caminho eu acabei me arrependendo. Essa calça é muito justa e a bunda dela parece apetitosa nessa peça de roupa, minha vontade era morder ela. Pigarreio baixinho enquanto desviava os olhos para os degraus em que eu pisava.
Chegamos ao nosso andar depois de subir alguns lances de escadas, ouvi o tilintar de chaves e assisti Bruna abrir a porta do seu apartamento e me dar espaço para entrar e assim eu fiz, entrei no seu apartamento.
