My Nanny Lover - Billie Eilish

Thirty two

Automaticamente me levanto em defesa no momento em que ele anda até mim, raiva ardendo ao meu redor.

Seus olhos estão escuros e franzidos. Ele está furioso, e milhões de coisas que podem ter dado errado passam pela minha mente. Mas uma em especial é a pior entre as outras.

Deve ser outra coisa. Não tem como eles saberem.

Ele coloca o telefone na minha mesa, e com as mãos trêmulas, o pego... e lá está.

Uma foto minha e de Skylee durante a festa... se beijando.

- Que porra é essa?! Você está no caminho de foder as coisas - Ele grita e grita, mas nenhuma de suas palavras duras chegaram até meus ouvidos, pois são ensurdecidas pela minha própria cabeça.

Eles sabem.

A batida na minha cabeça fica mais alta à medida que minhas pernas começam a desistir de mim, me obrigando a sentar novamente.

Até o tempo parece desacelerar enquanto vejo meu mundo desmoronar lentamente diante dos meus olhos.

- Isso não pode ser...

Negações são as únicas coisas que enchem a minha mente, tentando se enganar, essa não é a minha realidade.

Isso só pode ser um pesadelo.

Acorde, acorde!

- Isso é hilário pra caralho. Uma piada. Não consegue nem se explicar, hm? - Olha em minha direção enquanto para de andar de um lado para o outro. Ergo meu olhar para olha-lo, mas logo o desvio.

- E você precisa que eu faça isso? - Ele me olha com tanta fúria, misturado com a coisa mais cruel que se pode ver em outro alguém; desgosto.

- Você está envergonhando a mim e a toda a minha família. Você é lésbica, está brincando com a porra da nossa babá de todas as pessoas, pelo amor de Deus. Você é nojenta.

Me levanto com tudo, mesmo que minhas pernas estejam fraca, para me defender.

- Para! - Grito o mais alto que posso, nem me importando se todos do lado de fora ouviram - Sim, eu estraguei tudo! Mas, não se atreva a dizer essas coisas pra mim. Você e a sua família de merda me tiraram da minha própria vida. Então você não sabe de nada sobre isso, nem pode me julgar por quem eu sou.

- Mas que mer... - O interrompo com mais um grito.

- Cale a boca, seu idiota, eu ainda não terminei! - Minha escolha de palavras consegue atordoá-lo, seus ouvidos queimando de raiva enquanto me ouve - Não vou deixar você passar por cima de mim de novo. E sabe de uma coisa? Talvez isso deva acontecer. Para que eu possa me libertar de ficar presa pra sempre na vida de merda de ser sua esposa.

Minha respiração estava ofegante por forçar a voz e pela raiva.

- Ah, sério? Você acha que pode se livrar disso tão facilmente?

- Eu vou concertar as coisas, e você nem se preocupe, porque de todas as coisas que eu tenho medo de perder, você é a menor da minha preocupação.

Seus punhos tremendo dizem que as minhas palavras também o atingiram, machucando a superfície do seu orgulho.

Ficamos os dois parados, lutando para lidar com a emoção que pode piorar as coisas.