- Oi querida - Sorriu para mim - O quê? Não tenho permissão pra vir?
- Bem, você não me disse que estava vindo.
- Eu estava por perto, então pensei em passar por aqui - Fez um carinho no rostinho de Amber que sorriu - Não preciso de um motivo pra ver meus netos.
- Vovó nos trouxe brinquedos novos, mãe! - Ben levanta seu robô para mim.
- Sim, você deveria vir todos os dias, vovó.
- Nossa. Olha a senhora estragando eles - Chego perto de minha mãe - Mas, oi mãe. Bom te ver.
Dou beijos nas bochechas da minha mãe antes de me sentar com ela.
- Já faz um tempo que você e Brayden levaram as crianças lá em casa.
- Com tanta coisa acontecendo, festa e tudo mais... é difícil ter algum tempo.
- Eu sei, mas, tente reservar um tempinho especialmente pra seu pai, sim?
- O vovô! Eu quero vê-lo pra animar ele - Amber quando escuta sobre seu vô grita.
- Você é sempre a melhor nisso, Amber! - A avó da pequena dizia enquanto a mesma voltava a brincar.
Penso em meu pai, que ficou acamado por alguns anos. Sempre fico triste, não apenas com o bem-estar dele, mas também foi o maior motivo pelo qual concordei com o casamento.
Sempre haverá sentimentos confusos sobre isso.
Ver ele assim sempre é demais para mim.
Pego minha bolsa com raiva, pronta para ir para a porta quando minha mãe me para.
- Billie! Para! Pense no seu pai! Pare de ser tão egoísta! - Me virei bruscamente.
- Egoísta? Eu?! Vocês dois estão tentando arruinar minha vida e eu que sou a egoísta? - Eu gritava de raiva e indignação.
- Por que você é tão contra isso? Este casamento é ótimo pra você.
- Por que eu não o quero, eu... - Me calei, suspirando.
- Você o que?
- Só vou me casar com alguém que eu amo.
- Ah, minha filha, confia em mim. O amor é uma coisa que vai crescer. Conheça-o, case com ele e você eventualmente vai amá-lo.
- Mas, o quê? Não é assim que funciona. Pelo menos não pra mim.
- Amor, a gente entende o que você está dizendo mas... - Interrompo o mais velho.
- Mas, o quê pai? Você está me vendendo pra outra pessoa só por causa de dinheiro?
Eu não podia acreditar nisso, meus próprios pais.
- Estou doente, Billie - Meu pai disse baixo, passando sua mão nas costas de Maggie.
- O quê? - Minha feição mudou drasticamente.
- Jesus. Eu não posso lidar com isso - Minha mãe passa por mim enquanto fico atordoada em silêncio, com medo do que está por vir, mas logo meu pai quebra o silêncio.
- Estou muito doente e não sei quanto tempo poderei ficar no comando da empresa. A empresa está morrendo e eu também, e meu amigo pode fazer a gentileza de ajudar.
- Você não pode tirar isso de mim. Você não me ama, pai?
- Querida, claro que sim. Mas, neste momento, estamos no limite. Às vezes, você tem que se sacrificar pelo bem de todos.
- Isso é tão injusto.
- Você fará isso por nós? Pelo menos, pense nisso - Olho para meu pai, para seus olhos cansados e esperançosos. Ele parece mais magro do que o normal, mas nunca pensei que descobriria assim.
- Você está doente, pai? Eu sinto muito - Disse com minha voz chorosa.
E sem saber muito o que fazer, me enterro nos braços dele quanto choro por que tudo deu errado.
- Você vai ser feliz, eu prometo.
Você estava errado pai. Eu não estou feliz.
- Quero mostrar meu trem pra vovó! - Com a fala animada de Ben, saio dos meus pensamentos.
- Ah, você quer? Então vamos. Depois eu falo com você, Billie.
- Claro - E assim, Maggie saiu junto a Amber e Ben que puxava sua mão até as escadas.
É melhor eu encontrar Skylee.
Me levanto do sofá, tentando encontrar Skylee na sala de jantar, na cozinha, no jardim...
Onde ela está? Será que devo ir ao quarto dela?
Foda-se. Eu vou.
Atravesso o corredor até uma das portas que leva ao quarto dela e bato, ela não demora muito para abrir, e fica um tanto surpresa ao me ver ali.
- Billie? O que você está fazendo aqui?
- Estou aqui pra ser honesta comigo mesma.
- Ah. Bom, eu não esperava por isso - Coçou sua nuca.
- Sim, eu pensei bem. Então, tenho algo pra falar pra você.
- Sou toda ouvidos - No momento em que eu olho para ela, todas as minhas dúvidas vão embora e sei exatamente o que quero fazer. E talvez agora eu tenha coragem suficiente para prosseguir.
- Seja o que for, é isso que eu quero - Ela franze o cenho.
-Ah, sua mãe disse que é... - Já sabendo o que ela falaria, interrompi.
- Não é sobre minha mãe. Posso entrar? - Ela assente e fecha a porta assim que eu entro - Comprei uma coisa pra você. Achei que poderia gostar.
Entrego a sacola azul para ela que pega com pura confusão no rosto, embora rapidamente mude para um sorriso nos lábios quando ela vê o que tem dentro.
- É um livro! Como você sabia?
- Ah. Você me disse uma vez que adora ler. Então...
- É gentil da sua parte lembrar. Muito obrigada.
- Mas não é só isso que eu quero fazer.
- Senta aqui - Sigo Skylee até me sentar na cama dela, e ficamos em silêncio por um tempo antes de quebrá-lo.
- Desculpa. Eu surtei ontem - Ela me olhou.
- Não culpo você. Eu também disse algumas coisas que não deveria, desculpa.
- Não, você estava certa sobre tudo... eu estou com medo.
- E você tem todos os motivos para estar. Mas... pra que tudo isso? - Skylee questiona confusa.
- Não sei o que fazer, mas saiba que me importo com você. Isso eu tenho certeza.
- Eu também - Olho para ela que sorria para mim e não tenho mais palavras para dizer, pois não há necessidade disso.
- Então você sabe o que fazer - Encarei sua boca.
- Talvez eu possa te ajudar a descobrir.
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My Nanny Lover - Billie Eilish
Fiksi PenggemarBillie é uma mulher rica e com uma família linda. Quando algum sentimento acontece entre Billie e a babá de seus filhos ela se encontra confusa entre manter seu casamento tóxico ou viver um romance com a babá que lhe trata como ela merece. E então...