Lily cai no tapete com um grunhido, toda a respiração sendo empurrada de seus pulmões de uma só vez com o impacto. Kingsley está sobre ela, sobrancelhas levantadas.
"Você não luta limpo," Lily reclama.
"Sim, bem, a guerra também não é limpa," lembra Kingsley.
Lily franze os lábios. "Só perguntei onde você conseguiu o brinco. Você poderia ter dito que não queria me contar."
"De pé, Ruiva," Kingsley diz, segurando sua mão em direção a ela. O brinco que ela está se referindo brilha em sua orelha direita, dourado e brilhando sob as luzes do teto. Ele não tinha ele ontem. Lily tem suas suspeitas sobre como ele conseguiu.
"Sabe, Sybill vai gostar," Lily aponta levemente enquanto ela pega a mão dele, deixando-o puxá-la de pé.
Kingsley apenas cantarola, expressão neutra.
"Ela já viu?" Lily tenta novamente, pulando nas pontas dos pés enquanto eles se afastam. Kingsley não responde a ela; ele apenas sacode os braços. "Ela vai achar sexy."
"Lily," Kingsley diz, sua voz baixa e suave, mas há um pequeno sorriso se contorcendo no canto de sua boca.
Lily ri. "O quê? Ela vai."
"Você está de bom humor hoje," observa Kingsley, levantando as mãos frouxamente na frente dele.
"Mm, bem, seu brinco acabou de me dar uma boa notícia," diz Lily, abrindo um sorriso enquanto levanta as mãos também. Kingsley suspira e ela o apressa.
Apesar de todo o treinamento que Lily fez nos últimos três meses, ela ainda não pode vencer Kingsley, embora não por falta de tentativa. Lily leva o treinamento muito a sério, raramente-ou nunca-brincando e sempre focando rigorosamente. Isso não é um jogo; isso é uma preparação para o que está por vir, e ela não vai levar isso com ânimo leve. Kingsley é seu principal treinador, mas ela trabalhou muito com Poppy, especialmente com o lado médico das coisas em mente. É difícil e cansativo, mas satisfatório também.
Isso dá a ela um propósito.
No entanto, toda vez que suas costas batem no tapete, Lily se pega se perguntando o que diabos ela está fazendo. Às vezes ela se pergunta isso só para lembrar sua resposta, sempre a mesma.
Por Remus.
Pela família dela.
Pela guerra, para que um dia-algum dia-todos conheçam a paz e todos sejam livres.
Isso é amor, à sua maneira, ela pensa. Amor por coisas que ela não tem de verdade, então não pode ser tirado dela. Tudo pelo que ela luta é uma força, não uma fraqueza.
Exatamente como Dumbledore gosta.
"Melhor," Kingsley elogia quando Lily, depois de cair no chão, imediatamente rola para seus pés sem pausa, ainda pronta.
"Eu sei," Lily diz, mantendo-se quieta enquanto ele se aproxima, esperando a abertura. Kinglsey nunca lhe dá uma; sua forma é perfeita, e não há dúvida em sua mente de que ele é o melhor lutador comparado a literalmente qualquer outro dentro da Fênix. Ele também mantém a cabeça fria, mesmo em uma briga, o que provavelmente o torna inestimável para Dumbledore também. Há uma razão para Kingsley ter uma posição tão alta na Ordem.
"Você está pensando demais," murmura Kingsley. Isso é a coisa dele. Ele está sempre calmo, sempre focado em qualquer tarefa que lhe foi dada, orientado pelo dever e orientado para os objetivos. Nada o atinge, não importa a situação. Nada.
"Eu não posso evitar que meu cérebro esteja sempre funcionando, King,"
Lily responde, exasperada. "Mas eu estou melhorando, certo?"
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Crimson Rivers
FanfictionRegulus Black tinha quinze anos na primeira vez que seu nome foi chamado em uma colheita. Ele tem vinte e cinco anos quando isso acontece com ele novamente. Muita coisa mudou nesse tempo, e uma delas é que ele está pronto para fazer o que for precis...