Presents

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Evan, no meio de uma palestra sobre os benefícios da escalada, para abruptamente para dizer, em vez disso, "Hora de acordar, Regulus."

"O que?" Regulus pergunta, piscando para ele.

"Porra," Evan resmunga, carrancudo. "Ele me interrompe toda vez. Ele é muito irritante, sabe."

Regulus o encara confuso. "Quem?"

"Vamos, acorde," Evan insiste, revirando os olhos, e Regulus abre a boca para perguntar o que diabos tem de errado com ele quando o galho da árvore se quebra, fazendo-o sacudir, e então seus olhos se abrem enquanto o mundo inteiro volta em foco.

Há um corpo ao lado dele, quente e sólido. Desorientado, a primeira coisa que Regulus diz é, "James?"

"Não, ainda não é ele," Barty diz, aparecendo enquanto ele se levanta e se inclina para olhar para ele, as sobrancelhas levantadas. Ele parece levemente divertido. "Depois de todos esses meses, você pensaria que pararia de perguntar agora."

"Porra," Regulus murmura, alcançando os dedos em seus olhos enquanto ele estremece através de um bocejo.

"Você estava tagarelando sobre Evan de novo," Barty o informa.

"Ele te acha muito irritante, sabe," Regulus diz enquanto abaixa as mãos, os lábios se contraindo levemente. "Eu acho que irrita ele que você nos interrompe."

"Adorável. Sinceramente, nada me agrada mais do que ser um incômodo para o fantasma gostoso que vive nos seus sonhos."

"Bem, ele morre, normalmente, mas você continua interrompendo."

Barty cantarola. "Nesse caso, ele deveria estar me agradecendo. De qualquer forma, você fica particularmente tagarela antes de começar a gritar, então eu sei que devo te acordar antes disso."

"Certo," Regulus suspira, apoiando-se nos cotovelos e se movendo para se sentar ao lado de sua cama, rolando os ombros. "Hora de me levantar, suponho. Você também."

"Sem banho?" Barty pergunta baixinho.

Regulus balança a cabeça um pouco rigidamente. "Agora não. Mais tarde hoje, depois que eu sair."

"Dia ruim?" Barty murmura.

"Está tudo bem," é tudo o que Regulus diz. "Eu vou escovar meus dentes. Você pode sair."

"Ah, Regulus, seu cavalheirismo não tem limites," Barty responde secamente, mas ele ainda se diverte. "Eu amo tanto quando você exige que eu deite do seu lado durante a noite, me confunde com outro homem na manhã seguinte, e me expulsa logo depois. Verdadeiramente, você sabe como fazer um homem se sentir especial."

"Fico feliz em ser útil," Regulus brinca de volta enquanto se levanta. "Agora saia."

"Imbecil," Barty chama atrás dele.

"Idiota," Regulus responde, então atravessa o corredor para entrar em seu banheiro e fechar a porta.

Por um longo momento, Regulus apenas fica parado e respira, flexionando os dedos, e então, com um suspiro, ele abre a torneira e pega sua escova de dentes.

Seus olhos rastejam até a banheira, fazendo uma careta automaticamente assim que ele olha para ela. Por mais extravagante que seja, ele odeia pra caralho. Mesmo depois de meses, o banho ainda é a ruína de sua existência. Ele ainda faz isso; o que é um processo longo e cansativo que sempre deixa uma poça de água no chão e faz com que ele sinta que está falhando como ser humano, mas ele faz isso. Ele fica limpo, no final, e isso é tudo que importa.

Ele nem sempre toma banho sozinho, o que ajuda nos dias muito ruins. Bem, não, ele sempre toma banho sozinho. Ele nunca poderá tomar banho com outra pessoa na banheira com ele, onde ela possa tocá-lo, onde ele possa sentir seus dedos em sua pele. Mas alguém está lá quando ele precisa. Barty geralmente se senta no banheiro e conversa, não incomodado com sua nudez e totalmente sem medo de fazer comentários lascivos e provocadores, mesmo quando Regulus está chorando, o que Regulus honestamente aprecia. Sirius, por razões óbvias, não entra no banheiro quando Regulus está tomando banho, mas ele fica sentado do lado de fora da porta-assim como Remus fazia-e fala com ele o tempo todo, sem fazer perguntas.

Crimson RiversOnde histórias criam vida. Descubra agora