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˖˙❛ 𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂. ❜ ꜝꜞ 01 ... ❨ primeiro capítulo ❩ ━━ socializar, romantizar a vida. escrito por 𝖗𝖊𝖈𝖈𝖆𝖜 𝖊 𝖒𝖘𝖚𝖌𝖚𝖗𝖔
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Tokyo, dias atuais.
Lexie se via perdida desde que nasceu. Dadas as circunstâncias, não era para menos. Um lugar estranho, pessoas piores ainda e motivos esquisitos. E a não poderia ser diferente.
Quando dizia que era levemente extraordinária, não estava brincando. Queria a garota. Fala sério, quem gosta de sorvete de manga com pimenta e uma bela quantidade de uvas-passas junto?
Não costumavam existir jovens assim. Com espíritos anciãos. Não na faculdade. Seria difícil, inclusive, fazer amizades assim.
Alguns ruídos a despertaram. Alguns não, vários. Uma gritaria sem fim no corredor, uma música quase ensurdecedora e vozes que presumiu serem masculinas.
Sem nem, ao menos, calçar os chinelos, correu até a porta para cessar sua preocupação.
Abrindo-a e se pondo para fora, avistou o corredor lotado de meninos. Apenas meninos. Lotado era eufemismo, na verdade. Todos olhando para ela com olhos confusos. Desconfiados e surpresos. Murmurou pra si mesma "Merda. O que está acontecendo?"
Meninos eram meninos e nunca deixariam de ser. Não importa se fossem ricos, pobres, bonitos, feios, inteligentes, burros, mocinhos ou idosos. Continuavam sendo imbecis do jeito que eram, a comendo com os olhos.
Qual é, não podiam ver uma menina de shorts que surtavam? Ridículo. De qualquer modo, aquilo a deixou mais constrangida que qualquer acontecimento nos últimos 3 anos de sua vida.
Esse era um dos motivos pelo qual odiava usar roupas coladas e curtas, como a maioria das meninas. Não que ela não usasse de vez em nunca, mas era um evento quase que raro.
Inúmeras perguntas encheram sua mente no instante em que se deu conta. Ela estava no dormitório masculino, semi nua, na fraternidade Nexus. Não entendeu como, nem porquê e não havia nem tempo pra isso. Teve vontade de perguntar o que estavam olhando e gritar e foi exatamente o que fez, por impulso.
- Tão olhando o que, porra? - Gritou, aquela situação a deixava desconfortável.
Ótimo. Pensou, agora as pessoas olham estranho para ela, achando que ela é louca ou algo do tipo, e com certeza a chamariam na coordenação. Ou melhor, não falariam nunca com ela e evitariam qualquer tipo de contato visual.
Digo, não que ela se preocupasse com sua reputação, mas as primeiras impressões eram o que permaneciam, mesmo que não fossem totalmente verdadeiras.
Se arrependeu assim que as palavras saíram da boca. Embora às vezes ela tentasse ser como os pensamentos intrusivos na sua mente mandavam, Evans continuava sendo meio tímida demais.
