𝐗𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈

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˖˙❛ 𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂

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˖˙❛ 𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂. ❜ ꜝꜞ
37 ... ❨ capítulo trinta e sete ❩
━━ eu rasguei minha camisa para te impedir de sangrar.
escrito por 𝖗𝖊𝖈𝖈𝖆𝖜 𝖊 𝖒𝖘𝖚𝖌𝖚𝖗𝖔

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para uma melhor experiência, ouça a música da mídia.

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Tudo se tornou tão relativo que Lexie mal assimilava a realidade. Não pela qualidade do pó que já havia consumido, mas pela sua mente parecer ter apagado tudo que um dia já lembrou. Esqueceu, por alguns segundos, que Maxine não bebia ou fumava por sua causa. Esqueceu que Kai tinha o rosto idêntico ao da ruiva e seu sonho era seu um astro do rock. Esqueceu que Suguru Geto tirava as melhores notas do campos, mas também vendia as melhores balinhas da região. Esqueceu que Satoru Gojo era famoso ao ponto de ser parado na rua para tirar fotos, e amava toda a atenção que recebia. Esqueceu de si mesma. De como era antes das drogas.

Fazia 1 mês e meio que havia prometido parar de cheirar. E fazia 1 mês e 15 dias que não cumpria a porra da promessa. E nem Satoru, nem Suguru, sabiam. Ninguém sabia - ou pelo menos, não deveriam saber.

Havia perdido tudo que mais lhe importava. Sua sanidade, decência, amor próprio e dinheiro. Seu pai já não fazia questão alguma de contatá-la e nenhum dos seus amigos imaginava uma mentira tão grande vindo dela, mas isso não desesperava Lexie. Só olhava a conta bancária e pensava: "ainda posso gastar". O que a deixava maluca, de fato, era a forma como tudo aumentava e diminuía de tamanho naquele instante. Lsd puro.

Já era hora de voltar aos antigos hábitos. Já estava na hora de deixar aquele instinto de acabar com a própria vida tomar sua consciência para longe. Ainda mais quando tocava Faith, The Weeknd, e a melodia parecia distante o suficiente de qualquer realidade. Qualquer realidade que ela quisesse estar.

Tudo parecia mais leve quando enfiava seu nariz na carreira de pó, levantando a cabeça após alguns segundos e vendo o mundo alucinado. Melhor ainda quando jogava as pílulas na boca e sentia o gosto delas explodindo nas suas papilas gustativas e em seguida, todo aquele efeito alucinógeno. Melhor ainda quando olhava a vista da janela do quartinho de limpeza da casa de alguém aleatório, pronta pra próxima carreira.

Seu nariz escorria e ardia como nunca, igual ao do Panda, o qual estava apoiado no armário junto a ela, com a boca aberta e os olhos revirados atrás da cabeça. Lexie olhava pra ele e não sentia dó. Sentia felicidade em saber que não era a única. Que se caísse, alguém cairia com ela. E se fosse a única, não seria tão ruim assim. Era apenas uma questão de continuar fingindo. Fingindo estar sóbria e bem, apesar da sua aparência dizer o contrário.

𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂 𔘓 gojo and getoOnde histórias criam vida. Descubra agora