𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈

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˖˙❛ 𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂

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˖˙❛ 𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂. ❜ ꜝꜞ
27 … ❨ capítulo vinte e sete ❩
━━ eu estou assustada.
escrito por 𝖗𝖊𝖈𝖈𝖆𝖜 𝖊 𝖒𝖘𝖚𝖌𝖚𝖗𝖔

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Para uma melhor experiência, sintonizem a música do capítulo em Elastic Heart, Sia. Quando o símbolo * aparecer, troquem pela música indicada.

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Já fazia uma hora e quarenta e oito minutos que Lexie encarava o saco na mesa. Ele ainda estava cheio, porém zipado. O pó parecia refletir o teto e as luzes da rua, junto dos faróis de carros e postes. Enquanto a garota só sabia morder as peles da boca e repetir para si mesma na mente: Você prometeu. Você prometeu nunca mais fazer isso.

Seu corpo naturalmente começou a balançar para frente e para trás, tentando recuperar paciência ou quem sabe, forças para continuar. Já passava da meia noite e nenhum barulho afora seus grunhidos pareciam ser possíveis de ouvir.

Os dedos dela cravaram sua pele de maneira pavorosa. Já havia começado a arrancar os cabelos, que graças a Maki estavam melhor cortados - a esverdeada deu uma de cabeleireira e consertou suas pontas picotadas - e penteados. Na verdade, nem sabia porquê precisava “arrumar”. Sua vaidade já tinha saído do corpo há anos.

Começaram a tremer. A falta de substâncias a faziam perder a cabeça e despertar sua dependência. A vontade de usar tudo de uma vez se tornava cada vez maior e se houvesse uma recaída, talvez não tivesse mais volta.

Várias garrafas de bebida estavam espalhadas pelo chão. E não, ela não bebeu nenhuma. Apenas se livrou de cada uma que estava escondida dentro do seu dormitório pelo ato de quebrar tudo assim que teve seu surto. Quando riu, se sentiu drogada outra vez. Embora não tenha feito uso de nada, era incrível como a vida parecia tê-la escolhido para sofrer.

Como é possível tudo isso acontecer com uma pessoa só? Uma pessoa que desde pequena não tinha convicção de que sobreviveria a esse inferno - quem dirá sozinha. Não tinha mãe, pai, amiga, companheiros ou qualquer pessoa que pudesse ajudar.

E pode até parecer arrogância ou ingratidão, mas ter colegas não significa ter pessoas de confiança. Assim como ter pessoas de confiança não significa ter família. Lexie não tinha nada. Apenas um sonho, que era sua vida. Sua vida boa e inteira.

Estava sentada no canto escuro do seu quarto, os joelhos agora abraçados junto ao peito. A luz fraca da lâmpada pendurada no teto lançava sombras assustadoras nas paredes. Seu corpo tremia incontrolavelmente, o suor
escorrendo pela testa. Frio e cruel.

A dor era intensa, como se cada fibra de seus músculos estivesse em chamas. Especialmente seu estômago que já não tinha capacidade de regenerar células tão rapidamente como uma pessoa sóbria e limpa.

𝐒𝐄𝐗, 𝐃𝐑𝐔𝐆𝐒 𝐄 𝐄𝐓𝐂 𔘓 gojo and getoOnde histórias criam vida. Descubra agora