Quando, pela primeira vez, uma adolescente se aventura no paraíso.

591 104 26
                                    

Ao se mover em cima da cama, Sarocha nem ao menos percebe que chutou seu livro que estava ali em cima, fazendo com que ele encontrasse o chão. Sua atenção está concentrada em Rebecca, e a música ecoando pelo quarto abafou o som da queda.

Ela molha os lábios enquanto se posiciona no colo de Rebecca, liberando um suspiro profundo quando sente as mãos dela subindo por suas pernas. Sarocha fecha os olhos e pende a cabeça para trás quando os dedos de Rebecca percorrem toda a extensão de suas costas com certa força e os lábios dela exploram a área exposta de sua clavícula.

Abaixando novamente a cabeça, Sarocha pressiona o rosto no topo da cabeça de Rebecca e inala profundamente, enchendo seus pulmões. Quando Rebecca olha para cima, as duas compartilham um profundo contato visual, antes das mãos de Sarocha se fecharem em volta do pescoço da sua namorada e puxá-la para mais perto.

Rebecca imagina que, a este ponto, seus lábios já estejam quase roxos de tanto se movimentarem junto aos de Sarocha. Mas elas não se importam. É difícil manterem distância na escola e, em semanas como esta, que consiste em provas, mal têm tempo para se verem. Então, quando estão juntas, acreditam que é preciso recuperar o tempo perdido.

E toda a frustração acumulada pela privação de contato entre duas adolescentes aflorando hormônios se extravasa em momentos como este, em que as línguas nunca se cansam de enroscar e as mãos de tocar. Tendo Sarocha sentada em seu colo, com os joelhos apoiados na cama, Rebecca percebe que sua namorada fica bem mais alta, e isso dificulta um pouco a proximidade de seus rostos.

Então, Rebecca leva a mão até as coxas de Sarocha e gentilmente puxa-as, deitando sua namorada na cama para pairar por cima dela. Os pés de Rebecca vão de encontro a um dos travesseiros, e ela aproveita para colocar o pé direito por baixo dele.

Quando Rebecca beija seu ombro, Sarocha levanta as mãos para colocá-las na cintura dela. Devido aos movimentos, a blusa de Rebecca subiu um pouco, e as mãos de Sarocha entram em contato direto com a sua pele. Sarocha deixa os dedos da mão esquerda correndo pela depressão no centro das costas de sua namorada, enquanto a outra mão acha a parte de trás da cabeça dela.

Quando Sarocha sente que os lábios de Rebecca estão perto do seu pescoço, puxa um pouco a cabeça dela, desesperada pelo contato. Porém, Rebecca resiste, o que faz Sarocha grunhir impacientemente.

"Espera," Rebecca ri suavemente. "Seu cabelo está no caminho." Ela leva dois dedos até o pescoço de Sarocha, calmamente afastando os fios. Entretanto, sua namorada parece estar com pressa. Sarocha levanta um pouco o torso, puxando seu cabelo e esparramando-o no colchão antes de se deitar novamente.

"Pronto." Ela volta a puxar a cabeça de Rebecca, e um suspiro de prazer escapa de seus lábios quando ela sente os de sua namorada se fechando bem na base de sua garganta, subindo gradativamente até alcançar a orelha. É a hora de Sarocha se contorcer. Suas costas até chegam a arquear quando Rebecca chupa o lóbulo de sua orelha, exalando a respiração quente ao pé do seu ouvido. Sarocha tem vontade de revirar os olhos, mas abre-os e fita o teto do quarto quando arqueja, devido à sensação dos dentes de Rebecca mordendo seu pescoço.

Ela vira a cabeça para o lado e volta a fechar os olhos quando é atingida pela onda de prazer que percorre seu corpo quando a língua de Rebecca vem amenizar a leve dor causada pelos dentes. Sarocha escuta sua namorada respirando pesado quando os seus dedos apertam a cintura dela, puxando o quadril para baixo. Ela olha para baixo e assiste Rebecca levantar de novo o quadril apenas para pressioná-lo contra o seu de novo. É um movimento vulgar, mas a sensação é boa demais para Sarocha ficar se preocupando com vulgaridade.

Rebecca leva dois dedos até o queixo de Sarocha para que ela olhe para cima novamente. Ela observa o rosto vermelho e respiração ofegante de sua namorada, abrindo um sorriso enquanto beija-a mais uma vez, agora, sem pressa nenhuma. Sarocha também sorri, abrindo os olhos quando Rebecca chupa seu lábio inferior de leve, e ri ao sentir beijos por todo o seu rosto, e um último, rápido, de volta em seus lábios.

Aquilo que se encontra quando não se está procurando.Onde histórias criam vida. Descubra agora