São 22h em ponto.
Estou aqui na boate observando a Maddy, de longe mesmo querendo estar bem perto.
Ela está deslumbrante naquele vestido, meus olhos não saem dela.
Nada mais me chama a atenção sem ser ela.
Vejo suas amigas indo uma pra cada canto e a deixando sozinha no meio da pista de dança.
Ela já não está no seu estado mais sóbrio, tomou uns 7 copos no mínimo e agora está dançando sozinha.
Seu corpo cambaleia um pouco e seu pé torce por conta do tamanho de seu salto, ela se desequilibra e cai.
Ela passa alguns segundos no chão e se levanta indo em direção ao banheiro.
Vou atrás dela e vejo um cara chegando perto, perto até demais.
— Opa gatinha.. Sozinha por aqui? – o homem pergunta e pega em sua cintura a puxando para perto.
— Me solta. – ela diz quase num sussurro de tão fraca que sua voz está.
Ele pega em sua bunda e ela tenta se afastar.
Eu vou matar esse filho da puta.
— Tire as mãos dela se quiser continuar com seu pau junto ao seu corpo. – digo a puxando pra perto.
— Que isso cara, a gente só tava se divertindo. – ele tenta a puxar de volta.
Nisso nem penso muito e desfiro um soco certeiro em seu nariz, fazendo ele sangrar.
O homem me olha assustado e um amigo dele vem para ajudá-lo.
Só ignoro sua existência e me viro de novo pra Maddy, ela está abaixada na lata de lixo, vomitando provavelmente tudo o que comeu o dia todo.
Seguro seu cabelo em tentativa de tornar o momento menos pior.
Ela se vira e olha fixamente pro meu rosto, segundos depois desmaia.
A pego em meus braços e a tiro da boate.
As amigas sumiram por completo, não vi nenhuma pra ajudar ela com isso.
Tento acordá-la um pouco pra ver se ela consegue se segurar em mim pra que eu a leve de moto pro meu apartamento.
— Maddy? – pergunto balançando seu corpo.
Sem sucesso.
Tento mais três vezes a mesma coisa e ela reage.
— Quem caralhos é você? – ela diz num sussurro.
— Depois vemos isso, tenho que te levar pra casa, você pode se segurar em mim na moto? – pergunto esperando que ela tenha entendido bem o que eu falei.
Ela concorda e enterra a cabeça em meu pescoço.
Chacoalho seu corpo um pouco pra ela acordar novamente e coloco meu casaco em volta dela.
A ajudo a ficar em pé e a levo em direção à minha moto que não está muito longe daqui.
Ela se desequilibra de novo e então a pego em meus braços, acho que pela segunda vez.
Ela se assusta e volta a fixar seus olhos em mim.
— Tenta ficar acordada, hermosa.
Ela acente e quando chegamos à minha moto ela desce e tenta se recompor de novo.
— Vou subir primeiro e aí você sobe atrás e se segura em mim, ok? – pergunto devagar para que ela entenda bem.
Ela acente e se segura na moto para não cair.
Antes de subir na moto tiro seus saltos e os mantenho na minha mão.
Ela sobe logo atrás e me aperta ao seu corpo.
— Se segura bem. – digo colocando meu capacete.
Ela me aperta ainda mais.
Esse contato está me fazendo sentir coisas pra caralho.
Ligo a moto e saio de lá rapidamente.
Sinto ela se apertar mais a mim, ela está com medo.
Coloco minha mão sobre a sua perna e ela se solta um pouco.
— Não precisa ficar com medo, eu vou diminuir pra você.
Sinto sua cabeça se mexendo em concordância nas minhas costas e assim faço o que disse.
Em 20 minutos já estamos no meu apartamento, ela está em meus braços, totalmente vulnerável e indefesa.
Só de imaginar o que aquele cara teria feito se eu não estivesse lá, já tenho vontade de esmurrar a cara dele de novo.
A coloco em minha cama e a cubro com um lençol fino.
Estou saindo do quarto até que a escuto se mexendo.
Me viro pra trás e ela está tirando a própria roupa.
Minha garganta fica seca de vê-la nua.
Ela se cobre novamente depois como se não fosse nada.
— Maddy, acorda de novo. Vou pegar água e roupas pra você.
Ela mexe a cabeça.
— Eu estou acordada. – ela diz ainda de olhos fechados.
Vou até a cozinha e pego uma garrafa de água gelada e levo pra ela.
Quando chego ao quarto abro os armários e pego as menores roupas que eu tenho pra ela.
— Maddy. – mexo seu corpo.
— O que? – ela diz ainda de olhos fechados.
— Aqui tem roupas e água pra você.
Ela tenta se levantar e abrir os olhos, mas sem sucesso.
— Preciso de ajuda com isso. – ela diz num grunhido.
— Maddy.. Você tá sem sutiã. Quer mesmo que eu te veja assim?
Ela não responde.
Ela só acente com a cabeça.
Por que é tão estranho agora? Eu nunca fiquei nervoso por ver uma garota pelada a não ser na minha primeira vez, e olha que faz tempo.
Puxo seu corpo para cima na intenção de deixar ela sentada.
E o pano fino cai e deixa seus peitos a mostra.
Tento não dar importância e só visto a camisa larga nela.
A deixo naquela posição ainda e me estico para pegar o copo de água que eu trouxe.
Entrego pra ela e ela bebe.
Logo depois a deito de novo e cubro seu corpo.
Apago as luzes e vou até o meu banheiro pra tomar uma ducha antes de me deitar pra dormir.
Faço isso rapidamente e vou até a sala e me jogo cansado no sofá.
Fecho os olhos e sem dificuldade eu durmo ali mesmo.
"Foi você quem matou eles Marco!"
"Se você tivesse atendido Marco, eu ainda estaria vivo."
Meu pesadelo é interrompido pelo grito de alguém.
Ou melhor, dela.
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Hermosa
FanfictionMaddy Soares é uma espanhola que se mudou de Barcelona para os Estados Unidos com apenas quinze anos com o objetivo de aproveitar os últimos momentos de vida com a sua mãe. Cinco anos depois, com um ex namorado perseguidor e tóxico, a sensação de i...