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Estou sentado no chão, Maddy ainda está dormindo, enquanto eu não consegui pregar os olhos

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Estou sentado no chão, Maddy ainda está dormindo, enquanto eu não consegui pregar os olhos.

Levanto e ando pelo pequeno cômodo, a calça longa é arrastada pelo chão e me irrita, a vontade que tenho é de rasgar essa merda e matar Ana assim que ela aparecer por aquela porta.

Penso em algo para tentar sair deste lugar, vou até onde deixamos as "armas" para pegá-las e meu rosto cai ao ver que elas não estão mais lá.

Penso em derrubar tudo o que tem naquele quarto, mas me lembro de Maddy.

Outra lembrança vem e me lembro de Belle, saber que talvez eu não a veja crescer me dói no fundo do peito.

Vou em direção a porta e dou três batidas.

— O que você quer dessa vez, garoto? – o homem diz, já deduzindo que sou eu atrás da porta.

— Por que não tentamos um acordo? – pergunto encostando a testa na porta – Nos tire daqui e então lhe dou o que você quiser...

Escuto o homem suspirar atrás da porta.

— Não é sobre recompensa, menino. Ana tem algo a me devolver faz muitos, muitos anos. – ele diz e escuto um barulho na porta, ele se encostou nela – Coisa que você nunca poderá me devolver.

— Se você disser o que é, eu posso tentar. – digo tentando convencê-lo.

— Se soubesse o que fiz, não iria querer me ajudar depois que o soltasse. – ele diz.

— E o que você fez? – pergunto em dúvida se realmente é algo tão ruim assim.

— Eu tenho um contrato com Ana faz muitos anos, garoto. – ele faz uma pausa – Você não é o primeiro dos Evans que eu tive que...

Sinto que tudo para ao entender o que o homem queria dizer.

Aos poucos encaixo as peças de aparência, o mesmo cabelo escuro, o mesmo corpo, o mesmo jeito de se vestir.

Ele é o homem que estava com Ana e Christian nas fotos da caixa preta.

— O que você fez com os meus pais? – pergunto com a voz trêmula – Você os matou? Como os matou? Por que os matou?

O homem parece hesitar em falar de início, depois abre a boca.

— Eu sou um capacho da Ana faz uns bons anos, Ana me colocou numa furada que me deixava sem saída, minha mulher engravidou e então tive que abandoná-la para que ela não corresse perigo. – ele faz uma pausa – Eu não matei os seus pais, eu apenas ajudei Ana a encobrir os rastros de que foi ela quem os matou.

— E o que porra tem a ver? Você a ajudou a esconder que matou duas pessoas inocentes. – digo com a voz firme desta vez – Tem noção de que tirou a chance de dois pais verem a sua filha pequena crescer? Você vai ajudá-la a me matar desta vez, você vai fazer a minha irmã perder a única família que ela tem.

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