Capítulo 12

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> Reino Valoria <

[Rei Cedric]

              Enquanto caminho pelos corredores vazios do castelo, uma sensação de solidão me envolve como uma sombra. O eco dos meus passos parece amplificado pela ausência dos risos e vozes que antes preenchiam essas paredes.
            Meu coração pesa com o fardo da solidão, uma sensação opressora que se tornou meu companheiro constante desde a partida dos meus filhos. Tudo está vazio, nada parece a mesma coisa sem meus filhos, as vezes o que o Theo falou volta na minha cabeça.

"Você precisa de uma esposa pra alegrar suas manhãs"

            Eu jamais colocaria outra pessoa no lugar da minha esposa, ela foi e sempre vai ser meu amor.

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> Reino Elysium <

[Liam]

            Meu pai está segurando meu braço com toda força. O que eu fiz dessa vez?

- Nunca mais ouse me desafiar na frente dos outros.

- Mas e...

- Agora estamos prontos. - Ouço a voz do Simon vindo do corredor.

             Meu pai solta meu braço e saí andando, ele passa pelos príncipes que olham pra ele com um olhar curioso. Eles chegam mais perto de mim mas não perguntam o que aconteceu.

- Bom, acho que já podemos ir. - Theo diz.

             Subimos nos cavalos e vamos em direção as vilas que ficam nas proximidades. Eu não consigo descrever a alegria que eu estou sentindo, ouvir o galope do cavalo me faz sentir vivo. Continuamos galopando até passarmos pela entrada da vila, algumas pessoas olham, outras ficam um pouco assustadas e com medo. Descemos dos cavalos e amarramos próximo à entrada.

- Que lugar bonito. - Simon analisa todo o lugar.

            Respondo com um sorriso, é bom ver as pessoas gostando de algo que faz parte do seu reino. Uma garotinha se aproxima de mim com uma rosa feita de tecido.

- Para o príncipe do Reino Elysium.

            Me abaixo pra ficar do tamanho dela, é tão fofo ser recebido com esse carinho.

- Ah que lindo, você quem fez?

- Mamãe me ensinou. - Ela sorri.

- Eu amei.

- Se você cheirar vai poder sentir o cheiro de lavanda.

            Aproximo a flor no meu nariz e sinto aquele cheiro fresco de lavanda.

- É maravilhoso, muito obrigado. - Dou um abraço nela.

            Vejo ela saindo correndo e indo até às outras crianças que estão brincando no chão.

- Parece que você ainda é falado por aqui. - Simon se aproxima de mim.

- Ah é... - Digo sem graça. - Pensei que ninguém soubesse quem eu sou.

- Ei pessoal? Podemos acelerar? - Theo pergunta.

- Claro, vou levar vocês em um comércio muito bom, sigam-me.

            Fazemos o caminho até a venda do Ed, ele vai ficar feliz com a visita. De longe já consigo ver ele arrumando uma caixa com equipamentos. Chegamos mais perto mas ele não nota nossa presença.

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