Capitulo 1

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Pov

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Pov. Katherine Ackles:

Me sinto perdida. Minha vida virou de cabeça para baixo em menos de cinco minutos. Carlisle está me deixando, me abandonando com duas crianças pequenas.

Estamos casados há vinte anos, noivamos um ano antes dele ser transformado em vampiro. Lembro-me do momento em que ele chegou à minha porta, dizendo que havia sumido por uma semana após a caçada.

Aquela caçada mudou tudo. Ele não queria ir, abominava a forma com a qual o pai levava a vida religiosa. Afinal, era filho de um pastor. Carlisle tentava agradar o pai e, ao envelhecer de meu sogro, ele assumiu seu lugar na liderança do grupo que caçava os vampiros.

Eu sou filha única de Antony John Ackles, que além de ser um pai amoroso, é também o prefeito da cidade. Meu pai se casou com a minha mãe, Angelina Carter Ackles, uma mulher do lar, como todas da época. Eles faleceram ainda muito jovens de uma doença, quando eu tinha vinte anos. Me deixaram sua fortuna inteira e um segredo, que é o motivo de meu marido estar me deixando.

Meu pai tinha em seu DNA o gene de lobo e minha mãe era uma bruxa. Provavelmente, meu pai nem sabia sobre o gene, afinal nunca o ativou.

Minha mãe me ensinou magia e me deixou seus grimórios. Me ensinou a entendê-los desde muito nova. Era a única bruxa de nossa cidade, talentosa e muito poderosa. Ativei o gene de lobo que herdei de meu pai aos quatorze anos de idade. Esse momento remoeu meus pensamentos por muitos anos. Me culpei por muito tempo.

Eu estava andando a cavalo. O cavalo que havia pegado do estábulo de minha casa era muito esguio e se estressava com estranhos. Mas eu sempre andava com ele pelos bosques, onde geralmente não havia ninguém. Porém, naquele dia, tinha uma família fazendo um piquenique. As crianças estavam correndo ao redor da cesta de comida e eu segui caminho contrário.

Entretanto, ao lado do riacho, meu cavalo trombou com um menino. Desci do cavalo para tentar acalmá-lo e retirar a criança, mas a força que fiz machucou ainda mais o menino. Ele morreu em meus braços. Exatos um mês depois, tive minha primeira transformação.

Nunca contei a Carlisle sobre a minha natureza licantropo. Ele tinha conhecimento apenas sobre a bruxaria e dizia não se importar. Porém, ao saber da minha outra natureza, decidiu me deixar, além de me dizer que não sou sua companheira. Afirmou que sou apenas sua La Cantante. A forma com a qual ele disse as palavras me doeu profundamente. Me senti usada e, ao mesmo tempo, trocada. Vivemos vinte anos juntos e ele só percebeu agora? Só agora isso o incomodou?

*On Flashback*

Carlisle: Katherine, não podemos continuar assim. Não somos destinados, não somos companheiros.

Katherine: E só agora você se incomodou com isso? Pelo amor de Deus, Carlisle, nos conhecemos desde os quatorze anos! Somos casados há vinte anos e temos dois filhos. Você quer mesmo desistir por conta disso?

Carlisle: Não envolva as crianças. Você mentiu para mim, Katherine. Não me contou o que era e muito menos o que NOSSOS filhos são. Você não é a pessoa que eu esperava.

Katherine: Você também não é quem eu pensava ser. Esse homem na minha frente me dá repulsa. Esse homem que irá deixar os filhos por mero capricho me enoja, Carlisle. Vá embora!

Carlisle: Eu irei, por favor diga às crianças que eu as amo, mas preciso colocar a cabeça no lugar agora. Logo voltarei para vê-las.

*Fim do Flashbackd*

As palavras dele ainda ecoam em minha mente. Como ele pode ser tão cruel? Como pode me abandonar depois de tudo que passamos juntos?
As lágrimas não param de cair. Sinto meu coração se despedaçando em mil pedaços. A dor da traição é insuportável.

Deixar nossos filhos, nossa casa, nossa vida. Ele nem irá se despedir das crianças, pois não quer magoá-las ou vê-las chorar.
Meu menino tem apenas cinco anos e não entende a ida do pai. Chora todas as noites, pede para eu chamar Carlisle, mas não há volta.
A minha menina de apenas dois anos ainda não entende as coisas, não sabe o que está acontecendo, mas mesmo assim sente falta do pai. A dor da perda é imensa. Sinto-me sozinha e desamparada. As crianças são a única coisa que me mantém de pé.

Não sei como vou seguir em frente, mas preciso ser forte por elas. Vou encontrar um jeito de superar essa fase difícil e construir uma nova vida para nós três.

GRENADE - ACKLESOnde histórias criam vida. Descubra agora