Capitulo 24

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Dois dias após a conversa de E e C...

Pov. Ayla

Já se passaram dois dias desde que meu pai conversou com Carlisle. Dois dias em que minha mãe teve uma sobrecarga de magia, e fazem dois dias que pedi para adiar meu encontro com Jasper. Na realidade, meio que atrasamos isso, aconteceu tanta coisa nessas últimas semanas.

Sei que meu pai deseja conversar conosco. Sei também que ele está angustiado com nossas idas à casa de Carlisle, pois esse homem disse a Elijah coisas absurdas, das quais nem eu e meu irmão concordamos. Meu pai não entrou em detalhes; percebemos o quanto isso o magoa, tudo o que pode acontecer. Ele está sofrendo por antecipação, acreditando que pode nos perder para ele, algo que não irá acontecer.

Depois de ver todo esse drama envolvendo minha família, sentei para conversar com meu irmão. Decidimos dar uma pausa nas idas à casa de Carlisle e tentar conversar com ele novamente. Jasper me falou que eles pretendem ficar pouco tempo na cidade, visto que a população percebe que eles não estão envelhecendo. Eu e Thomas estamos contando com isso; ter esse homem longe novamente é o melhor.

Acabei de acordar e minha mente já pensou em trilhões de possibilidades. Amanhã iremos à reserva, e Jasper me convidou para sair hoje. O deixei na mão na última vez, pedindo para adiar... terei que ir hoje. A ideia de sair com ele me assusta; ter novamente alguém em meu coração me dá calafrios no estômago. Às vezes, sinto que não fui feita para amar. Meus pais acham que estou equivocada, dizem que sou merecedora do amor, principalmente depois de tudo.

Levanto dessa cama, tomo um banho e desço as escadas. Me deparo com todos na sala, a maioria verificando coisas para o baile e o restante preso em seus próprios afazeres.

Ayla: Bom dia, família. - Aceno e vou para a cozinha, escutando todos me desejarem um bom dia.

Pego uma xícara no armário, coloco um pouco de café, vejo que tem bolo na mesa, corto um pedaço e coloco em um prato. Antes de sentar, pego uma bolsa de sangue. Me sento à mesa. Escuto passos vindo até a cozinha, e uma cabeleira loira entra.

Rebekah: Você está bem, minha princesa? - Ela serve uma xícara e um pedaço de bolo, sentando-se de frente para mim. - Está mais pensativa que o habitual.

Ayla: Eu tenho um encontro hoje, mas não sei se é o certo. - Digo, tomando um pouco de meu café. - Eu sinto que estou traindo uma parte minha, sinto que irei fazê-lo sofrer.

Rebekah: Qualquer pessoa que tiver a chance de ser amada por você é sortuda. - Ela sorri para mim.

Ayla: Vocês veem coisas inexistentes em mim. - Digo.

Rebekah: Vemos quem você é. Lhe conhecemos desde bebê, a vimos crescer e se tornar essa linda e forte mulher. - Ela diz me olhando, e não consigo sustentar o seu olhar e retorno a olhar meu prato, o bolo está intacto. - Você amou, você lutou e você perdeu. Guarde em seu coração as boas memórias, e lembre-se que as possibilidades existem, que existem pessoas dispostas a te amar, se você permitir.

Ayla: Eu não quero ter que chorar sobre um túmulo novamente, ou me reerguer. - Digo, com lágrimas. - Isso dói, tia, eu não sei se aguento.

Rebekah: Você é uma Mikaelson, as coisas não são fáceis, mas ajudamos uns aos outros, lutamos uns pelos outros, e se necessário, morremos para salvar aqueles que amamos. - Ela diz. - Você é forte, Ayla. Não sofra por antecedência, pense pelo lado positivo.

Ayla: Qual lado, tia? - Questiono.

Rebekah: Você tem uma nova chance de ser feliz. Poucas pessoas encontram o amor em mais de uma pessoa, ou mais de uma vez. - Ela sorri. - Seus pais são a prova disso. Escute a vampira que amou demais. Amar nem sempre é ruim, mas você tem que saber quem amar e como amar.

GRENADE - ACKLESOnde histórias criam vida. Descubra agora