Capítulo 26 - 1

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Saí da mansão em direção ao jardim, impaciente pela demora de Malina. Não é típico dela se atrasar tanto, e começo a me perguntar se algo está errado. Chamo Maria, a governanta, para avisar Malina sobre minha espera, e ela concorda em fazer isso imediatamente.

Enquanto espero, dou uma olhada ao redor do jardim, observando as flores e as árvores balançando suavemente ao vento. O ambiente tranquilo contrasta com minha inquietação interior.

Decido dar uma volta pelo jardim enquanto espero, tentando acalmar meus pensamentos. A refeição está pronta, uma mesa longa e imponente posta para o almoço, mas minha fome parece ter desaparecido. Estou absorto em meus próprios pensamentos.

Ao avistar Malina no jardim, vestindo um deslumbrante vestido amarelo de verão, uma onda de excitação percorre meu corpo. Seu cabelo loiro balança suavemente com o vento, emoldurando seu rosto angelical. Ela parece radiante, uma visão de beleza que me deixa sem fôlego por um momento.

Meus olhos a percorrem de cima a baixo, absorvendo cada detalhe de sua figura esguia e delicada. Sinto um desejo intenso brotar dentro de mim, uma ânsia de tê-la para mim mesmo. A imagem dela é tão tentadora que me vejo imaginando dobrá-la sobre a mesa e fazê-la minha ali mesmo, fodê-la neste jardim.

Durante o almoço, o silêncio era quase tangível, apenas interrompido pelo ruído dos talheres e dos pratos. Malina parecia distante, perdida em seus próprios pensamentos, enquanto eu observava sua reação de relance. Quando ela finalmente quebrou o silêncio, suas palavras soaram quase como um sussurro, mas o suficiente para chamar minha atenção.

— Lucien, sobre Gringer e Danko... o que vai acontecer com eles? — sua voz carregava um misto de preocupação e curiosidade.

Coloquei meus talheres sobre a mesa, dando-me um momento antes de responder. — O que aconteceu ontem à noite foi inaceitável. A segurança é uma prioridade e esse erro não pode se repetir.

Ela assentiu, parecendo entender, mas seus olhos revelavam uma inquietação contida. — Você pretende puni-los, então?

Suspirei, mantendo a calma diante da gravidade da situação. — Na Bratva, aqueles que falham devem enfrentar as consequências. Infelizmente, Gringer e Danko ultrapassaram os limites das punições convencionais.

Seu olhar mostrou surpresa, mas eu sabia que ela precisava compreender a seriedade das regras da nossa organização. — Lucien, por favor, pense melhor nisso. Há outras formas de lidar com isso.

Balancei a cabeça com firmeza. — As regras da família vêm antes de qualquer coisa, Malina. Eles serão punidos de acordo com elas. Não há espaço para concessões quando se trata da honra da Bratva.

Malina parecia determinada a me fazer reconsiderar, suas palavras eram um misto de súplica e desespero.

— Lucien, por favor, não faça isso. Há outras formas de ensinar uma lição, não precisa ser tão extremo.

Eu a encarei por um momento, ponderando suas palavras, mas minha decisão já estava tomada. — Malina, você precisa entender. Na Bratva, a disciplina é fundamental. Eles devem ser punidos para que outros entendam as consequências de seus erros.

Ela abaixou os olhos, resignada diante da minha inflexibilidade. — Quando que vai acontecer? — sua voz era quase um sussurro, carregada de ansiedade.

Eu me levantei da mesa, caminhando em sua direção com determinação. — Você verá a punição. No final do dia, estará lá para garantir que a mensagem seja clara e entenda como funciona este mundo.

Seus olhos encontraram os meus, cheios de temor e incerteza. Eu podia ver o conflito dentro dela, mas não havia espaço para hesitação. As regras da Bratva eram claras, e ninguém estava acima delas.

Malina se levanta abruptamente da mesa, jogando o guardanapo de tecido sobre a mesa e declarando que perdeu a fome. Sua raiva era evidente, expressa em cada movimento. Quando ela tenta passar por mim, seguro sua mão, impedindo-a de sair.

— Malina, você vai se sentar à mesa e terminar sua refeição. — Minha voz era firme, deixando claro que não havia espaço para discussão. — Você não tem o direito de agir com tanta petulância.

Ela parece considerar me ignorar, mas então, após um suspiro resignado, volta para seu lugar na mesa. Malina tenta continuar sua refeição sem levantar a cabeça ou me encarar, mas sua frustração era palpável.

No final do almoço, Malina pediu minha permissão para se retirar, e eu concedi. Enquanto ela saía, atendi uma ligação de Ivan, mantendo-me informado sobre as encomendas de armas. Era essencial manter-me atualizado sobre os negócios da organização, especialmente em momentos como esse.

— Ivan, como estão as encomendas de armas? Preciso de uma atualização detalhada. — pergunto

— As encomendas estão em andamento, senhor. Os fornecedores confirmaram que os itens estão prontos para serem despachados dentro do prazo estabelecido.

— Ótimo. E a segurança do transporte? Temos algum problema?

— Não, senhor. Reforçamos a segurança e estamos utilizando rotas alternativas para evitar qualquer contratempo.

— Excelente. E quanto à qualidade das armas? Algum problema relatado?

— Até o momento, não, senhor. Os relatórios de qualidade são positivos.

— Perfeito. Continue monitorando de perto e me mantenha informado sobre qualquer desenvolvimento.

— Com certeza, senhor. Estarei atento e reportarei imediatamente caso haja alguma novidade.

Vou para o escritório e me sento à mesa. Começo a revisar alguns documentos importantes. O ambiente é silencioso, o que me permite me concentrar nas minhas tarefas. A luz suave do sol entra pela janela, iluminando o espaço.

Senhor Mafioso - Série Senhores - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora