Capítulo 20

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J.P. e eu estávamos almoçando em um dos meus hotéis em Moscou. Ele acabara de chegar e estava me atualizando sobre o status das minhas cargas de drogas. Enquanto isso, as cargas de armas estavam sob a responsabilidade de Oliver.

— Santino sempre foi cauteloso, mas não impecável. — J.P. inclinou-se sobre a mesa, abaixando a voz. — Tenho notado algumas brechas na segurança da sua casa. Talvez seja uma oportunidade para agirmos.

— Concordo. Precisamos de olhos e ouvidos dentro da operação de Santino. Alguém que possa nos fornece informações valiosas. — completo, pensando nas possibilidades. — Mas precisamos ser cautelosos ao escolher a pessoa certa para essa missão.

— Tenho alguém em mente. Acho que conseguirá se infiltrar e executar o plano com êxito. No entanto, precisaremos ser meticulosos, pois não será fácil se aproximar de Santino. Vamos traçar cada passo com cuidado e precisão.

— Concordo. Precisamos garantir que cada detalhe esteja perfeitamente planejado. Precisamos saber como ele fará para tentar recuperar a Malina, querendo estar sempre um passo à frente, mas também é nossa oportunidade de obter informações cruciais. Vamos garantir que nosso espião esteja bem treinado e pronto para agir quando for necessário.

— Malina parece que é mais que uma cativa — comenta P. J., enquanto beberica seu copo de uísque.

— Malina é uma cativa como qualquer outra aqui. Não importa o sangue que corre em suas veias, ela está sob meu controle e isso não vai mudar. Não seja ingênuo, PJ. Não posso correr o risco de deixá-la partir. — Digo, bravo com a situação, não é como se ela fosse importante para mim.

— Mas ela é diferente, Lucien. Você a trata de forma diferente. Há algo mais entre vocês?

— Não seja tolo, PJ. Não há nada além do que já mencionei. Malina é uma cativa, ele matou meu filho e eu tenho o controle sobre a filha dele. — suspiro, então meu celular toca no bolso. Puxo para verificar as mensagens.

Enquanto eu observo o brilho do visor do meu celular, as mensagens de Gorki chegam. Rapidamente, meus olhos percorrem as palavras, absorvendo a informação sobre o estado de Malina. Uma sensação de preocupação se instala em meu peito enquanto leio sobre o mal-estar dela. Minha expressão torna-se séria, minha mente já trabalhando no motivo do mal-estar.

Com um movimento rápido, empurro minha cadeira para trás e me levanto da mesa. Meu coração está acelerado enquanto me afasto, determinado a chegar ao quarto de Malina o mais rápido possível. Cada passo é impulsionado pela urgência de garantir que ela esteja bem.

— O que aconteceu, Lucien? Malina está bem? — pergunta P. J., que me segue para fora do restaurante.

— Preciso ir para casa imediatamente — eu respondo a P.J., minha voz carregada de preocupação.

P.J. parece confuso, mas não contesta minha decisão.

No caminho de volta para casa, eu e P.J. nos sentamos no carro de luxo devidamente conduzido pelo motorista de confiança. O ambiente interno era marcado pelo silêncio tenso, com apenas o som suave do motor do carro preenchendo o espaço.

Peguei meu telefone e disquei rapidamente para o Dr. Yuri, nosso médico de confiança.

— Dr. Yuri, aqui é Lucien. Preciso que venha à minha casa imediatamente — anunciei, tentando manter a calma, mas a urgência era evidente em minha voz.

— Entendi, Lucien. Estarei a caminho — respondeu o Dr. Yuri, compreendendo a seriedade da situação.

— Agradeço, Yuri. Preciso de você aqui o mais rápido possível — acrescentei antes de desligar.

Senhor Mafioso - Série Senhores - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora