Capítulo 26 - 2

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Eu me aproximei da área externa, onde os soldados estavam reunidos ao redor de uma grande fogueira na praia. Alguns estavam trabalhando, outros relaxando, mas todos permaneciam em estado de prontidão. Era uma cena peculiar ver a mistura de atividades enquanto mantinham a segurança do local. Apesar de permitir certa liberdade, sabia que precisava lidar com as falhas dos soldados.

Malina estava ciente do que estava por vir, e isso certamente não agradaria a ela. Hoje seria o dia de marcar e, em seguida, eliminar Gringer e Danko. Essa era uma parte sombria dos negócios da máfia, mas uma necessidade para manter a ordem e o respeito. Enquanto observava a cena ao meu redor, eu sabia que precisava agir com determinação, independentemente das consequências.

Enquanto caminhava pela área externa, avistei Malina na praia. Ela estava sentada na areia, os raios do sol iluminando seu cabelo loiro e sua figura delicada. Uma brisa suave fazia suas madeixas dançarem, enquanto ela parecia absorta em seus próprios pensamentos, olhando para o horizonte.

Seu semblante transmitia uma serenidade que eu raramente via em meio ao caos de nossos negócios. Ali, naquela praia, ela parecia em paz, em harmonia com o ambiente ao seu redor. Era uma cena que contrastava com a tensão constante que permeava nossa vida na máfia.

Observando-a de longe, não pude deixar de admirar sua beleza e sua capacidade de encontrar tranquilidade em um lugar tão simples. Era como se, naquele momento, ela estivesse em um mundo à parte, longe das preocupações e das batalhas que enfrentávamos diariamente.

Enquanto Malina parecia se sentir em casa na praia, com a brisa do mar acariciando seus cabelos e a areia sob seus pés, eu me sentia desconfortável com o calor escaldante e a sensação pegajosa da areia. Enquanto ela se banhava no sol e mergulhava nas águas refrescantes, eu preferia a segurança e o controle de meu escritório.

Observando-a, eu reconhecia essa disparidade entre nós. Ela encontrava liberdade na vastidão do oceano, enquanto eu encontrava conforto nas paredes de concreto e aço de meus empreendimentos. Era como se estivéssemos em mundos opostos, divididos pela nossa visão de conforto e familiaridade.

No entanto, apesar dessas diferenças, havia algo intrigante em vê-la tão à vontade em um ambiente que eu tanto detestava. Era como se, por um momento, sua presença transformasse até mesmo o mais árido dos lugares em algo mais acolhedor. Talvez houvesse algo a aprender com sua capacidade de encontrar conforto onde eu só via desconforto.

Eu me aproximei dela, mas ela não se virou para me encarar. Chamei seu nome, "Malina", mas ela não respondeu de imediato. Quando finalmente o fez, sua voz carregava um tom decidido.

— Não estou afim de falar agora, prefiro assistir o pôr do sol — disse ela, mantendo o olhar fixo no horizonte.

Tentei convencê-la a participar, afirmando:

— Você vai estar presente, para ver como funcionam as coisas aqui.

No entanto, sua resposta foi firme e clara:

— Eu já tenho minhas próprias marcas, não preciso ver dos outros.

Fiquei em silêncio por um momento, absorvendo suas palavras.

Eu entendia que, se as circunstâncias exigissem, teria que usar a força para garantir que ela cumprisse sua parte. No entanto, eu preferia que ela viesse por vontade própria.

— Malina, sei que isso pode ser difícil para você, mas se necessário, terei que forçá-la a assistir. Seria muito mais fácil se você cooperasse voluntariamente

Ela se levantou da areia, sacudindo a mão para tirar a areia e disse: — Se você insiste tanto, Lúcifer, eu vou ver você matar meus seguranças.

Ela tentou passar por mim, mas eu segurei sua mão e a puxei para perto de mim.

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⏰ Última atualização: Mar 15 ⏰

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Senhor Mafioso - Série Senhores - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora