Placar do amor

6 - Colapsos

A noite havia sido incrível. Maxson queria me dar uma carona, mas eu recusei devido a tanta trabalho que eu já tinha causado, então ele conformou-se contanto que eu de alguma forma mantivesse contato com ele. Ele pegou meu número, e disse que logo entraria em contato pra que eu retornasse e desse notícias ao chegar em segurança.
Eu estava saltitando, leve como uma pluma. Não há interesse amoroso, era só uma noite boa o suficiente que me fez esquecer todas as complicações que eu estava ou ainda estou carregando.
Era muito tarde, cheguei em casa na ponta dos pés pra evitar fazer barulho e acordar a todos, porém, Alicia estava acordadissima e quase me mata do coração ao surgir do nada atrás de mim assim que havia subido um degrau das escadas.

— Porra... — xinguei baixinho

A loira me lançou um olhar que só pela a expressão já dizia tudo: me conte tudo, agora!!
Olhei pra ela fazendo menção com a cabeça pra que ela me seguisse, e então fomos as duas até o meu quarto.
Adentramos o quarto e eu me lancei sobre a cama quentinha, aproveitando todo o conchego dos lençóis e rindo feito uma boba.

— Pra quem não queria ir, você está muito animada! — Comentou Alicia e eu lhe lancei um olhar feroz — Vamos, conte tudo...

— Foi incrível — Falei — O lugar era sensacional, a comida era divina e a noite em si me libertou de muitas coisas.

Alicia parecia confusa mais estava bem atenta a cada palavra minha.

— E como era o cara? — perguntou ela — Ele devolveu seu celular?

Me sentei na cama pensando no que responder da melhor forma.

— Ele tem mais ou menos 1,90 de altura, é elegante e muito, muito rico... Ele aparenta ter minha idade.

  Ela estava em silêncio ouvindo tudo tão atenta que chegava a parecer uma criança esperando doce.

— E sobre o celular — Falei pegando a minha bolsa e de lá retirando a caixa com o meu novo aparelho

O queixo de alicia quase foi parar no chão ao ver oque estava na minha mão e me senti meio envergonhada, não queria parecer interesseira, eu não sou.

— Eu não queria aceitar, mas ele me disse que o antigo tava muito danificado por causa da chuva e... — Eu falava

— Garota!! Para com essa baboseira já!! — reclamou ela — Olha a máquina que tá na sua mão!! Puta que pariu,,,,

Levei o indicador aos meu lábios, pedindo silêncio a Alicia. Ela estava prestes a acordar a casa inteira.

— Diga oque for, mais esse partidão tá na sua e pelo o jeito que você chegou... — ela sussurrou

Joguei o travesseiro em Alicia e ela ria baixinho, eu provavelmente estava corada. Eu não pensava assim de ninguém, e pretendia não pensar por um longo tempo depois de tudo que passei. A última coisa a qual preciso agora é de qualquer relacionamento amoroso.

— Para de ser boba, ele disse que é meu amigo... — Falei

— Aham — resmungou ela — tô precisando de amigos que me deem presentes assim então!

Olhei com indignação pra Alicia que apenas parou de rir por breves segundos.

— Pegou o contato dele? — perguntou ela

— Não — respondi — Ele pegou o meu número e pediu pra eu aguardar...

Alicia fez uma expressão de que uma ideia havia passado por sua cabeça.

— Pega o meu celular e loga sua conta nele, assim a gente pode procurar o user dele. Talvez ele já tenha tentando contato com você por lá

Olhei pra ela meio relutante mais fiz. Loguei minha conta no celular dela, e por mais que a noite tivesse me arrancado diversos sorrisos, assim que minha conta abriu, pude evidentemente me sentir mal ao ver coisas que me despedaçaram instantaneamente.