18 - Reflexos

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  A tarde concerteza foi cheia de surpresas e promessas e após a saída de Maxson da casa da minha tia, uma avalanche de perguntas rompeu-se bem sob mim. Eu queria escapar das milhares de dúvidas deles, dos membros da família; no entanto, eu sentia que era quase impossível que eles deixassem passar uma presença tão marcante e especial nesta casa.

  — Não venham, tudo que vocês precisam saber é que Maxson é meu amigo. — foi tudo oque eu disse presunçosa.

   Não me importei ou iria me importar em deixar eles curiosos ou com as próprias dúvidas em mente, eu estava bem e de preferência preferia ficar no meu canto depois de acontecimentos tão cabulosos. Fora também que a ideia de outro encontro que Maxson propôs estava me deixando um tanto quanto receosa.

Subi pro meu quarto, coloquei uma roupa confortável e me entreguei ao mais belo cansaço a qual eu estava totalmente inerte, eu só não sabia que ia dormi tanto a ponto de dormi o resto da tarde inteira e a noite também.

Isso mesmo, perdi a noção de tempo, de horário e dormi como nunca em toda a minha vida. Parece que um certo peso em minhas costas a qual eu carregava a muito tempo, estava sendo deliberado. A pressão era menor e de alguma maneira eu me sentia... Especial.
Acordei lúcida o suficiente como se tivesse recarregado todas as minhas forças, peguei o celular e vi que era 01:34 da manhã, queria me sentir mal por ter deixado todos na mão na quela noite, mas eu estava me sentindo tão bem.

A parte ruim de ter dormido tanto foi que as minhas energia estavam renovadas, porém eu estava com uma fome absurda. Perder o jantar concerteza estava trazendo malefícios agora, a falta de alguma coisa pra suprir meu estômago. Peguei minhas pantufas e sorrateiramente abri a porta com cuidado e desci as escadas em difração a cozinha.

Meu plano era simples, eu apenas ia pegar algo pra comer e depois de saciar minha fome, eu subiria novamente. Abri a geladeira e a casa inteira estava escura, e decidi não ligar as luzes pra não provocar qualquer alvoroço.
Pra minha sorte tinha dois pedaços de pizza congelados e babei ao ver as fatias em minha frente, peguei um copo de refri e me acomodei na mesa bem gesticulosamente saboreando minha refeição pedaço por pedaço.

— Pode se passar quanto tempo for — Uma voz me deu um susto me dando um leve sobressalto — Mas ainda continua uma gulosa.

Olhei pra porta a tempo de ver a pessoa pela a qual eu estava evitando todo esse tempo, e mesmo não querendo, estávamos sobre o mesmo teto e compartilhando a mesma maldita respiração. Levy...

— Não dirija a palavra a mim. — pedi continuando minha refeição.

Levy sorriu com tamanha presunção. Ele estava de pijama, e os braços estavam cruzados mostrando desinteresse. Por parte, me senti envergonhada por está com meu pijama e sendo flagrada se assim posso dizer...

— Parece que está de amizade com o mais famoso jogador de futebol está te fazendo se tornar uma pessoa mais esnobe. — disse ele com tamanho sarcasmo.

Olhei pra Levy com indignação, depois de tudo que aquele traste fez comigo... No fim eu era a esnobe? Como ele se atrevia a falar assim...

— Não me faça repetir. — Meu tom era perspicaz.

Levy desencostou da porta e caminhou em direção a mesa, se sentou bem a minha frente conforme eu olhava cada movimento seu, ele parecia uma cobra rastejando em volta de sua presa.

— Oque quer afinal? — perguntei com ódio nítido.

— Só estou surpreso — disse ele — eu sabia que você era sinica, mas não a ponto de se oferecer a pessoas da alta elite.

Eu mal pude digerir suas palavras a tempo, não quando elas me golpearam e me fizeram ate mesmo engasgar com o pedaço de pizza que eu saboreava. Ele havia mesmo perdido a noção?

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