14 - Império de ilusão

7.2K 743 86
                                    

  Depois de tudo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Depois de tudo.
Depois de criar em minha própria mente uma versão derrotada de mim e ter sido literalmente o motivo pelo o qual eu corri de casa as pressas e amendontrada... Ela estava lá. Um sorriso repuxado de lado, um ar de arrogância e superioridade e aquele olhar que dizia que me chutar mesmo depois de caída não foi o suficiente, ela teve quer vir e se certificar do quão difícil estava sendo tudo.
Meu pulmão repuxava fôlego com pressa, mesmo que eu sentisse que nem estava respirando. Minhas mãos segurando o bloco e a caneta estavam trêmulas e então tive de engolir em seco. Mas uma bendita vez, tive de engolir as coisas que ela fazia... Por que tudo sempre estava a seu favor.

— então... — arrumei a postura, minha voz mal passava de uma esparralho — Oque deseja?

Luna sorriu de maneira ainda mais felina e então olhou pro cardápio em suas mãos.

— Ainda não sei — disse ela voltando seu olhar pra mim — Já você deseja o namorado dos outros não é mesmo?

Suspirei quase incrédula de mais por ainda me permitir ouvir tais baixarias, como se eu fosse a pessoa quem tivesse a traído. Como ela se atrevia a dizer aquilo??

— Acredito que não tenho o seu gosto. — respondi com o tom educado. — Luna, por gentileza faça sua escolha.

As mesas ao lado prestavam atenção na nossa conversa, não por que havia alterações mas sim por causa do idioma usado por nois duas. Eu estava falando em português justamente pra não surgir mal interpretações no meu local de trabalho.

— Bem que meu pai avisou — disse ela me olhando de cima abaixo — Você é muito folgada, Amberly... Depois de tudo que fizemos por você, ainda tem a audácia de usar tom de alguém superior.

— em que momento em lhe ofendi? — questionei com o tom um tanto severo

— Ponha-se no seu lugar, quem está servindo é você e eu sendo servida. — gabou-se ela

— De todos os lugares que você tinha pra escolher, não bastou vir pra cá mas também pro meu local de trabalho? — Questionei

— Amberly... — Uma voz ecoou atrás de mim e então um sorriso quase presunçoso de mais surgiu nos lábios de Luna

Olhei pra trás a tempo de ver minha mãe.
Ela estava com uma bolsa de lado, um vestido florido e os cabelos presos, parecia mais cansada que o normal e então seus olhos voltaram-se aos meus quase com prepotência de mais.

— temos que conversar, filha...
________________________________
O gerente me liberou por alguns minutos após eu explicar toda a situação, eu não deveria me submeter a conversar com ela, mas lá estava eu mais uma vez fazendo isso e tendo um maldito coração bom.
Amélia me explicou que conversou com minha tia e que o clima em sua casa estava uma verdadeira bagunça, pois as meninas, até mesmo Ana não se conformava com a situação a qual eu estava, sai de casa por problemas e questões familiares e eles nem mesmo sabiam onde eu estava ficando com tão pouco dinheiro.
Luna tomava um milkshake de morango revirando os olhos e um olhar de desgosto em minha direção a casa segundo enquanto minha mae tentava me convencer a voltar pra lá, voltar pra casa da minha tia apenas por que o clima não estava agradável pra ela...
Eles eram tão imaturos... Por que raios eu aguentava tudo aquilo. Ao fim após escutar tudo que ela tinha pra falar, olhei pra Luna que tinha aquele olhar de quem queria insinuar que eu estava com medo, mas eu não estava. Cansei de sofrer por as insolências que aguentei uma vida inteira, cansei de me rebaixar amendontrada por causa dela.

— Eu volto. — Falei pegando as duas de surpresa — Mas não quero qualquer contato com Luna ou Levy, então tentem não dirigir a palavra a mim.

Luna fez uma cara sinica de decepção e então pegou a minha mão tão repentinamente.

— Amber... maninha... — ela usava um tom falso — me desculpa, por tudo... é que eu e Levy estávamos apaixonados e é muito forte oque sentimos.

Luna era uma cobra personhenta, ela girava vagarosamente o anel de compromisso a fim de que eu visse mesmo oque estava em sua mão. Aquilo me deu nojo e repuxei minha mão com brutalidade.

— Não sou sua irmã. — foi tudo oque eu disse levantando. — E eu vou voltar, não por causa de vocês — declarei — mas sim por consideração a tia Lauren e as meninas.

Dei as costas as duas e então segui até o balcão, eu não queria escapar ou fugir amendontrada mas tudo aquilo era uma prova de resistência e eu tinha que provar a mim mesma que conseguia passar por isso. Eu iria.
________________________________

Antes de irem embora, Luna veio até mim com o copo de milkshake e o amaçou em sua mão antes de joga-lo no lixo.

— Uma pena o Levy ter ficado com você por pena— começou ela — Aliás, fora ele quem seria louco o bastante pra isso? Acho que sua maldição é se contentar que eu sempre serei melhor enquanto a você não resta nada. — ela dissse então indo até a porta ao encontro de minha mãe que já esperava ela lá.

meus olhos arderam e eu podia sentir lágrimas virem átona, limitei antes que elas dessem indícios e então voltei ao trabalho.
________________________________

Maxson Mersyn
________________________________

Depois de dirigir por quase uma hora, coloquei minha máscara e um boné e deixei o carro estacionado a duas ruas de distância do local de trabalho da Amberly, não queria correr o risco de ser flagrado e quebrar a confiança dela em mim. Caminhei por um tempo, e pude ver a moça fechando o lugar.
Era mais ou menos 11 horas da manhã, prentedia levá-la pra almoçar como e aí me aproximar dela que estava sozinha, Amberly quando notou minha presença e eu acenei, vi que ela estava muito abatida.
Ela teria piorado da febre? Amberly praticamente apressou os passos quase correndo em minha direção e pra minha surpresa logo senti o seu calor em meus braços. Ela me abraçou e o movimento repentino me pegou de surpresa, era nosso primeiro abraço e senti meu coração acelerado.
Sua respiração estava acelerada e então senti algo molhar minha camisa, ela estava chorando. Apertei Amberly contra meu peito com ainda mais força, embora eu quisesse descobrir oque estava acontecendo, iria deixar ela se acalmar primeiro. Assim que ela limpou algumas lágrimas de seu rosto, se afastou vagarosamente de mim e então seus olhos marejados encontraram os meus.

— Oque aconteceu? — perguntei colocando minhas mãos em seu rosto e limpando algumas lágrimas fugitivas

— Eu... — ela tentou falar mas mais uma vez senti seu calor em meu braços.

Novamente Amberly me puxou pra um abraço e na quele momento eu só queria protegê-la do mundo e de tudo que lhe faria mal. Eu estava preocupado e grato por ela confiar em mim pra desabar com cuidado , eu seria a ponte que a sustentaria sobre qualquer problema de agora em diante.

Placar do amor Onde histórias criam vida. Descubra agora