26 - rosto da sociedade

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Não conseguia controlar meus pensamentos ao passo que seguia Maxson pra outro cômodo. Ele parecia estar com um olhar frio e seus pensamentos tão vagos quanto o meu, talvez as coisas tenham piorado -mesmo quando eu achei que fosse impossível-.

Max mal conseguiu fechar a porta até que seus olhos envoltos em uma realidade distante encontraram os meus. Não esperei nem mesmo uma fração de segundos pra poder deixar passar a oportunidade de interrogá-lo.

— Oque aconteceu? — perguntei tão lívida

Max suspirou fundo e mecheu no seu próprio cabelo de forma que o desarrumava.

— A casa da sua tia está cheia de pessoas — disse ele e meu coração disparou — Alicia não tava errada, está repleto de fãns, paparazzis, imprensa e um complexo enorme.

— meu Deus... — falei quase sem voz

Maxson caminhou até mim e o calor de seu corpo me invadiu em um abraço quente e que transmitia conforto e paz.

-— Sua tia e sua família vão ficar no meu hotel até o pronunciamento de amanhã... — Disse ele

— eu preciso vê-los!! — exigi

— Amberly, — Maxson chamou minha atenção — Não sabemos por enquanto a real situação a qual você está exporta.

— Sendo perigo ou não, eles estão assim por minha causa — Contrariei — Não é ficando aqui de braços atados que as coisas vão se resolver!

— Eu prometo que eles iram sair de lá, já tem seguranças lá encaminhandos por mim mesmo.

— Maxson! — Chamei — Eu preciso vê-los, explicar oque tá acontecendo!

Maxson ficou em silêncio perante minhas subjeções e teimosia.

— Minha tia acorda de segunda a sexta às 4 da manhã, vai pra plantão e fica la ate as 11 da noite, pega e dirigi por quase 2 horas cortando a cidade inteira de uma ponte a outra pra chegar em casa e ter a certeza de que as filhas estão bem — minha garganta fechava — ela faz isso dia após dia desde o falecimento do meu tio, e ela abriu as portas da sua casa pra mim assim como o seu coração bondoso na espectativa de me ajudar... — Lágrimas silenciosas de preocupação já me escapavam — E agora, tudo que ela tem tá sob a maldade e influência da mídia que literalmente tá tão aguçada por minha causa...

— Amberly... Não é culpa sua... — Maxson tentou se aproximar

— Eu tento fazer as coisas de maneira correta, mas parece que eu só complico cada vez mais

— Me escute — Maxson pegou minhas mãos — eu vou resolver isso, prometo a você... Mas quero que fique aqui e segura.

Balancei minha cabeça em negação, eu não podia atender ao que ele pedia. Maxson olhava no fundo dos meus olhos com preocupação. Ele estava prestes a dizer mais alguma coisa quando seu telefone tocou e ele olhou com as sombracelhas trazidas pra tela do celular, logo em seguida fazendo menção que teria que atender e sair do cômodo.
Eu não conseguiria sair da quela casa sem autorização de Maxson, e também mesmo se tentasse os seguranças me parariam a tempo e Maxson me alcançaria. Eu não podia deixar que tudo ficasse nas mãos dele, se parte da parcela era minha culpa... Mas eu também não conseguiria sair da quela casa sem o dono e...
Ou...
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