Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil. A garota se vê focada e decidida a esquecer tudo que lembre o ex, inclusive futebol e agora se fixar...
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Nos lampejos de medo e crueldade existentes nesse mundo as vezes a presença do amor se torna quase imperceptível no meio do ódio. Mas como saber se o amor existe? É uma pergunta simples de ser respondida, ele existe nos pequenos detalhes e até mesmo nos piores sentimentos.
Nova York estava em águas fortes aquele dia. Uma chuva praticamente sem fim, mesmo a quase madrugada chegando, o frio não era tão doloroso pra mim aquela altura.
Paguei o táxi que havia me levado até o local do meu destino. Mesmo caminhando apenas por alguns segundos, eu já sabia que estava incharcada. A água e o ar gélido se misturaram me causando arrepios.
Os porteiros assim que me viram, fizeram ordens pra aguardar qualquer que fosse a permissão que eles precisavam pra me deixar passar. E assim que o telefone mal ressoou, os grandes portões da propriedade se abriram. Revelando que o momento tão temido por mim, chegou.
Caminhei pela a grama gelada, tremendo meus lábios perante a temperatura, o misto de medo, ódio, tristeza e principalmente dor. Tudo isso me alucinando.
Chegando próximo a casa, eu já conseguia ver as grandes portas se abrindo. Eu já conseguia ver a grande figura que se seguia na luz de dentro e o lampejo do verde surpreso.
— Amberly? — A voz de Maxson chegou aos meus ouvidos
Como eu nunca tinha percebido o quanto o meu nome ficava tão melódico e ainda mais belo quando dito por ele?
— Oque está fazendo a essa hora? Oque aconteceu... — Maxson correu até mim, sem se importa com a chuva que agora o alcançava
Seus passos rápidos o colaram na minha frente. Eu de maneira covarde de cabeça baixa. Senti as suas mãos largas em meus ombros, seu olhar me verificava do começo ao fim, uma maneira ágil de notar se eu estava bem.
— Amberly, vamos entrar — disse ele com o tom preocupado — Você está encharcada, pode ficar doente e...
— Não.
Me desvencilhei de seu toque nos meus ombros e Maxson franziu o cenho confuso com minha repentina reação.
— Oque está acontecendo... — ele sussurrou, agora quase tão encharcado quanto eu.
— Isso tudo foi um erro — falei baixo
— oque? — Maxson questionou, como se meu tom tivesse sido inaldivel... eu queria que fosse
— isso tudo foi um erro. — falei firme e em alto bom som
— Amberly, porfavor — Maxso pediu — Vamos entrar, eu não tô conseguindo te entender...
Maxson tentou alcançar a minha mão, mas me afastei de imediato. Se eu sentisse seu toque mais uma vez, iria desmoronar por completo.
