10 - Hospedeiros

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Pelo menos uma vez em toda a minha vida, eu tinha tido ou criado coragem pra fazer coisas sensacionais e que me trouxessem benefícios. Meu sonho é de fato seguir na carreira de advogada, mas em meio a um novo mundo ao qual eu me encontrava o processo de formação teria que esperar um pouco e enquanto isso, eu tentava outras maneiras de ajudar em casa, nos estudos e em qualquer outra coisa que pudesse trazer qualquer ajuda.

Entreguei uma breve ficha de currículo em lojas, lanchonetes e qualquer outra coisa que pudesse me ajudar a faturar, pra minha surpresa eles apenas perguntavam se eu sabia lidar com atendimento e óbvio que eu sabia.

No Brasil eu trabalhei por cerca de uns 6 meses como atendente de uma lanchonete que tinha no Rio, bom... Eu sempre fiz isso pra obter meio de ser mais autônoma , conseguir minhas próprias coisas e eu nunca vi problema algum em trabalhos de meio período.

Em casa, meu padrasto reprovava a ideia de eu trabalhar e minha mãe seguia qualquer pensamento que ele tinha, a ideia de ser uma pessoa independente parece que assustava ele com base em tudo que ele já fez e queria fazer por mim só pra ter motivo de se vangloriar. Sua filha, ela sim fazia questão de jogar piadas e o Levy sempre foi desprezível com qualquer coisa que eu fazia. Mas eu ia lá e fazia mesmo assim, mesmo quando ele chegava na lanchonete com todos os amigos após um jogo de futebol, e fingia que nem mesmo me conhecia, me tratando apenas como funcionária pra trazer as bebidas.

— O seu currículo é curto e nesse momento temos ofertas melhores. — Foi tudo oque o gerente disse pra mim — Mas — prosseguiu — gosto da forma como você é disposta, e pretendo ignorar os fatores e confiar nos resultados.

Estreitei os olhos confusas com suas palavras.
O gerente cuja o chasha dizia : Jeremy Oysen, me estendeu a mão e um sorriso gentil apareceu em seu rosto.

— Senhorita Amberly, seja bem vinda a comm'ys.

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Cheguei em casa eufórica com as notícias boas, eu teria a magnífica oportunidade de ajudar em casa, ter minhas próprias coisinhas e de alguma maneira era um bom começo.
  A casa estava vazia e eu teria que conter a empolgação de contar tudo pro pessoal por enquanto, porém como tudo na vida tem um acerto e uma negativa, uma ligação ecoou e me apressei em atender.

  — Amber? — Minha mãe disse aquele apelido que só ela costuma usar — sua tia está em casa? Se tiver diga a ela que preciso falar com ela.

— Ela não está em casa mãe. — Falei quase lívida, nem um: tudo bem filha? – Ela está no turno da tarde pra noite.

alguns segundos de silêncio e então um suspiro entrecortado.

— Estamos indo pra Nova York amanhã. – Foi tudo oque ela disse me dando um susto.

— Oque? Como assim?

Meu tom era desesperador, como assim "estamos" do que ela tá falando, por que tão repentinamente.

— Rogér deu uma viagem de presente a Luna e ela escolheu ir pra Nova York. — dizia minha mãe — Queria saber se sua tia pode hospedar eu, roger, luna e... Levy.

Bufei irritada. Muito irritada e então resmunguei quase com raiva de mais pra poder falar de maneira livida.

— Você só pode tá brincando com a minha cara? — meu tom era severo

— Amber ...

— Eu já vim pra Nova York pra ficar longe da bagunça que tava no Brasil, de maneira mais específica pra não arruinar o seu casamento com aquele traste — eu falava sem parar e conseguia ouvir o suspiro de surpresa dela — E agora ele dá uma viagem pra filhinha amada e ela quer vir justo pra onde? pra Nova York!!?

— Amber — o tom dela passou a ser mais repreensivo

— E você ainda tem a coragem de me ligar pra comunicar que aquela sonsa quer ficar hospedada no mesmo teto que eu junto com o namoradinho que aliás é meu ex e me tratou tão mal? — questionei me tremendo de ódio puro

— Não fale assim da Luna, ela é sua irmã! — Dizia ela

— Não!! — Gritei — ELA É A FILHA PERFEITA DE VOCÊS, COISA QUE EU NUNCA FUI POR ISSO É TÃO FÁCIL FECHAR OS OLHOS PROS ERROS DELA!!

— Amberly eu sou sua mãe e a proíbo de falar assim!! — a essa altura ela também estava irritada do outro lado da linha

— Uma pessima mãe, aliás.

Choque.
Minutos de silêncio sem resposta e até cogitei desligar mas então ela suspirou longamente adquirindo fala.

— Se você não quer ficar sobre o mesmo teto que sua irmã, é uma escolha sua. Mas os incomodados que se retirem. — foi tudo que ela disse e desligou.

Gritei irritada e me joguei sobre o sofá e não notei que estava chorando até lágrimas saírem descontroladas de meus olhos. Eu obviamente estava frágil e magoada, mas que merda.... Ela fez de propósito... Ela quer me humilhar de propósito, esfregar na minha cara que ela pode tudo enquanto eu fico com nada. PORRA!!

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  Na quela mesma noite depois que minha tia chegou, uma discussão horrível tinha se prosseguido. Tia Lauren estava em uma saia justa, pois ela sempre foi apegada com a mamãe por as duas serem irmãs e óbvio que um pedido desse iria pega-lá de surpresa ainda mais por que imparcialmente estava eu de um lado sendo sobrinha dela e do outra a irmã dela. Alicia gritava histérica dizendo que não permitiria que ela aceitasse isso dentro da casa dela, uma palhaçada comigo e ela parecia tão raivosa quanto eu.

  Apesar da discursão hoje cedo eu percebi que não adiantava, eu não podia colocar a tia Lauren em uma decisão tão difícil como essa, eu não deveria. Então fiz oque era mais sábio, mediante as 4 mulheres da casa Ana era a única que imparcialmente não estava nem ai pra qualquer que fosse a decisão tomada.

— Tia, tá tudo bem — suspirei — eu ia contar pra vocês hoje cedo... — levantei da cadeira — consegui um emprego de meio período e vou começar amanhã.

Todos pareceram meio surpresos e atenção estava completamente sobre mim e sobre oque eu diria a seguir.

— Eu posso negociar com meu chefe uma quantia de início e alugar um lugar pra eu ficar durante a estadia em que eles estiverem aqui... — Alicia levantou indignada

— Não Amberly!! — ela veio até mim — Eles que saiam!! Não são bem vindos aqui, não por mim!! — protestou e minha tia estava com lágrima nos olhos

  Segurei o rosto de alicia com minhas mãos e então abracei a loira com cuidado.

— É o melhor e vai ser por pouco tempo eu espero! Logo vou estar de volta. — garanti

— Tem certeza, Amberly? — minha tia perguntou

— Sim.

E então, aquele clima atrofiado ficou por toda a sala. Uma tristeza eminente e indignação, eu esperava que a estadia deles fossem curta por que eu não tinha muito dinheiro pra arca com despesas por enquanto, e de maneira mais breve estava em uma saia justa.
  Mas amanhã tinha trabalho e tinha correria do dia a dia, uma nova rotina me aguardava e eu precisava pesqueisar um lugar pra ficar por enquanto. Então, subi pro meu quarto pra ter uma noite de sono, ou melhor... De choro.

Placar do amor Onde histórias criam vida. Descubra agora